sexta-feira, 22 de março de 2013


Projeto vai beneficiar catadores de lixões que foram fechados, como o de Gramacho, em Caxias (Foto: Kiko Charret) ::

Uma luz no fim do túnel

A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) começou a colocar em prática mais uma etapa do plano para auxiliar as pessoas que vivem da coleta de lixo e de materiais recicláveis. Ontem, aconteceu a primeira de uma série de reuniões que ocorrerão com representantes de 41 municípios fluminenses a serem contemplados pelo Programa Catadores em Redes Solidárias (CRS).
Através da iniciativa, a SEA quer beneficiar 3 mil pessoas que vivem dessa atividade. A iniciativa vai contemplar quem trabalhava em ‘lixões’ e ficou desempregado depois do fechamento desses depósitos de lixos. Catadores das cidades de São Gonçalo, Niterói, Tanguá, Rio Bonito, Maricá e Itaboraí também serão contemplados. A estimativa é de que as pessoas comecem a ser beneficiadas ainda em 2013.
Para desencadear o plano, o poder público conta com recursos de R$ 10 milhões, dos quais R$ 9 milhões da Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Governo Federal, e cerca de R$ 1 milhão do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). Lançado oficialmente em dezembro do ano passado, o CRS é uma iniciativa da Secretaria de Estado do Ambiente, em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores/RJ, o Centro de Estudos Socioambientais Pangea e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que fará o controle externo e o monitoramento do programa.
O programa destina-se a capacitar os catadores e organizá-los em cooperativas para se ampliar a coleta seletiva e a reciclagem; inicialmente, nas 41 cidades compreendidas pela proposta.
A coordenadora do Programa Catadores e Catadores em Redes Solidárias da SEA, Andrea Bello, destacou que as reuniões, que acontecem até 27 de março, têm por finalidade apresentar e debater o programa com os representantes dos municípios a serem beneficiados pela iniciativa.
O encontro de ontem reuniu representantes de Seropédica, Nova Iguaçu, Nilópolis, Itaguaí, Duque de Caxias, Magé, Belford Roxo, Queimados, Guapimirim e Mesquita. “O próximo passo é dar início, em abril, ao processo de cadastramento dos catadores, que irá traçar o perfil socioeconômico para, posteriormente, definir o cronograma de ações em cada cidades”, explicou Andrea. O programa vai atuar nos seguintes eixos: mobilização para a organização dos catadores, visando a sua contratação pelas prefeituras, além de prestar assistência técnica e jurídica.
 

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