terça-feira, 22 de julho de 2014

Coleta seletiva recolhe 10 toneladas de material em Teresópolis


Coleta seletiva recolhe 10 toneladas de material por mês. (Foto: Jeferson Hermida)Catadores recolhem 10 toneladas por mês de material descartado para reciclagem (Foto: Jeferson Hermida)
Coleta seletiva recolhe 10 toneladas de material por mês (Foto: Jeferson Hermida)
Famílias comercializam o material recolhido
(Foto: Jeferson Hermida)
Teresópolis, na Região Serrana do Rio, conta com 21 ecopontos espalhados em locais estratégicos da cidade para o recolhimento de material reciclável. O programa “Coleta Seletiva Solidária” recolhe cerca de 10 toneladas de material por mês. O serviço atende 25 bairros e o trabalho beneficia 10 famílias que fazem a triagem, compactação e montagem dos fardos e revende para as empresas de reciclagem. O serviço também é feito em 15 grandes geradores, como supermercados e empresas.

A renda fica com as famílias que atuam no programa através de cooperativas, como a de Glauco Fisher Lopes. “Aqui no galpão nos sentimos seguros, em um local limpo. É daqui que tiro o sustento dos meus quatro filhos”, comentou o catador. Além do material de proteção individual, como luvas, máscaras e botas, os trabalhadores são cadastrados no Programa Operação Trabalho (POT), recebendo um salário mínimo mensal, vale-transporte e cesta básica. O material recolhido é administrado pela Associação de Catadores Serrana, que funciona em um galpão oferecido pela prefeitura.
A campanha de conscientização ambiental engloba a entrega de oléo, que é revendido para uma empresa que produz sabão. “O programa foi implantando em 2010. Desde de então, a coleta foi ampliada de 12 para 25 bairros”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente, André de Mello. Segundo ele, a prefeitura deverá receber um caminhão baú do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) até o final do ano. Ele permitirá a ampliação do programa. Atualmente a coleta seletiva conta com três caminhões. Os materiais devem ser separados em lixo seco, como plástico, vidro e metal, e lixo molhado ou orgânico.

Internauta denuncia estacionamento irregular em rua de Teresópolis

Teresópolis, Região Serrana do Rio, convivem diariamente  com a falta de fiscalização de veículos na Rua Fileuterpe. Segundo a internauta Erica Maciel Cunha, de 24 anos, ao levar sua filha para o colégio tem que decidir se passa entre o lixo acumulado na calçada ou entre os carros, já que a calçada também virou estacionamento irregular.
Os moradores do bairro São Pedro, em
"Escolhi me arriscar entre os carros e quase sofri um acidente. O mais revoltante é que o pequeno espaço que temos de calçada, fica intransitável por causa dos carros que ficam completamente em cima da calçada. O pior é que muitas pessoas, assim como eu, necessitam passar por ali todos os dias para levar e buscar seus filhos na escola", contou Erica.
Nota da redação: A Prefeitura de Teresópolis informou que o município ''possui cerca de 84 mil veículos cadastrados no Detran, o que equivale a um veículo para cada dois moradores, visto que o município tem cerca de 160 mil moradores, o que torna a situação bastante complexa. Contudo, a Secretaria realiza um trabalho intenso de fiscalização nas vias públicas, inclusive na Rua Fileuterpe, em São Pedro, com aplicação de multas e reboque de veículos. De qualquer forma, a fiscalização nesta via será intensificada. Além disso, a Secretaria estuda a possibilidade de tornar o estacionamento nesta rua somente em um dos lados da via, visando facilitar o trafego no local''
Sobre a limpeza no local, a prefeitura disse que a "Secretaria de Serviços Públicos promove a coleta de lixo regularmente nesta via, mas vai fazer uma vistoria para verificar a denúncia e tomar as devidas providências, se necessário".

TSE lança aplicativo de candidaturas para celulares

Para baixar o programa gratuitamente, basta acessar a página de aplicativos do sistema operacional do aparelho.


567O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou um aplicativo para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, para acessar o sistema de candidaturas às eleições de outubro.
Com o programa, o eleitor pode acessar os dados pessoais dos candidatos e informações como o número na urna eletrônica, coligação, situação da candidatura e o site pessoal na internet.
Para baixar o programa gratuitamente, basta acessar a página de aplicativos do sistema operacional do aparelho: App Store, para celulares da Apple, e Android, para os demais.
Fonte: JB

Cadeirantes de Teresópolis, Petrópolis e Friburgo mostram que o espaço comum a todos os exclui

REGIÃO SERRANA — Uma simples ida ao mercado ou mesmo um passeio pelas ruas de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis torna-se tarefa hercúlea para quem é obrigado a levar a vida sobre duas rodas. Cadeirantes das três cidades reclamam ter de reivindicar o direito de ir e vir. Uma constatação de que o planejamento dos municípios no que diz respeito à inclusão dos deficientes físicos vai mal das pernas.
Rogério Moreira Brasil tem 44 anos e há dois tem de contar com a disponibilidade da mulher para sair de casa. Caso o contrário, seria impossível dar continuidade ao tratamento pelo qual é submetido desde que sofreu o acidente que lhe amputou a perna esquerda e levou à instalação de apetrecho ortopédico na direita — o qual tem de ter os parafusos periodicamente apertados para a restauração óssea do membro.
— As dificuldades já começam quando eu saio de casa. Moro numa ladeira de paralelepípedos. É impossível transitar ali — conta ele, que só sai de casa se for de carro.
A pedido do GLOBO-Serra, ele viveu a experiência de ir até o Centro de Teresópolis em transporte público e fez um “teste de qualidade" das calçadas do bairro, onde se concentram o comércio e prédios da administração pública.
— O ônibus parou e fui bem atendido pelo motorista, apesar de ver uma certa dificuldade dele em manusear o controle do elevador do veículo — constata o ex-segurança.

Ao tentar ativar o sinal sonoro, verificou-se que o botão instalado para cadeirantes apresentava problema. Porém, a maior prova de desrespeito e descaso do poder público, segundo Brasil, ocorreu pela falta do uso adequado do maquinário que faz dobradinha em foto com candidatos em época eleitoral: as pavimentadoras.
— Não consigo entender a dificuldade de se fazer rampas nas calçadas. Algumas são tão altas que nem com ajuda dá para subir — lamenta ele.
Marlon, de 10 anos, tem paralisia cerebral. A mãe, a costureira Joseane Moura dos Santos, vê no próprio quarteirão da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Nova Friburgo a falta de preparo e planejamento para fornecer condições mínimas de mobilidade a pessoas como o seu filho.
— Se no entorno de um lugar voltado para pessoas que necessitam do uso de cadeira de rodas é assim, nem há o que dizer sobre o resto da cidade. Calçadas só com o meio-fio, e alto. Chega-se ao absurdo de fazer degraus para subir nele. Rampas são raras — queixa-se.
O transporte público também está bem longe de fornecer o tratamento que Joseane considera o ideal.
— A frota em boa parte é adaptada, mas não há treinamento adequado dos motoristas — conclui.
ELES SÃO BARRADOS NO CARTÓRIO, NA SECRETARIA DA FAZENDA, NO TEATRO...
Depois que Jorge Henrique Santos, hoje com 45 anos, teve as pernas amputadas, ele ficou recluso em casa por três anos. Com a ajuda da mulher, recuperou o ânimo e resolveu sair para trabalhar, em busca de alguma fonte de lazer. Só não esperava que, para fazer essas duas atividades básicas, fosse necessário um esforço diário que a maioria dos cadeirantes não consegue suportar sozinha.
— Em Petrópolis, várias faixas de pedestre não têm rampa que ligue a calçada à via. Já tive que me sentar no chão para subir sozinho e, depois, puxar a cadeira — diz Santos.
Esse desafio ocupa 50 horas semanais da vida dele. Morador do bairro do Quitandinha e cadeirante há 14 anos, ele trabalha circulando pelas ruas do Centro de segunda a sábado, das 9h às 19h. O ofício consiste em vender bilhetes de loteria e entregar panfletos de lojas.
Ele comemora o fato de muitos pontos turísticos terem melhorado a acessibilidade. O Palácio Amarelo, a Catedral de São Pedro de Alcântara e o Museu Imperial, por exemplo, são adaptados. No entanto, muitos postos de saúde, o cartório do Centro, o Theatro Dom Pedro, a sede da Secretaria de Fazenda e a maioria das lojas da região excluem a entrada de cadeirantes.
— Quando eu fui registrar meus filhos no cartório, tive que ser atendido na rua, porque lá não tem rampa, nem elevador. Agora, quero me casar, mas não sei como fazer. Casar no meio da rua é que não dá! — reclama.
Segundo o presidente da Associação Pró-Deficiente de Petrópolis, Marcelo da Silveira, 62 mil pessoas com algum tipo de deficiência moram na cidade. Cerca de 30% delas são cadeirantes.
— Como a cidade é histórica, é difícil mexer nas ruas, nos prédios. Mas é preciso entender que respeitar o passado não significa deixar tudo intocável. É preciso nos adequarmos à realidade.
Ele, que também é cadeirante, conta que, embora alguns pontos históricos já tenham se adaptado, problemas técnicos ou de falta de instrução de quem manuseia os aparelhos são frequentes.
— Da última vez que eu tentei ir à Casa de Santos Dumont, o elevador não funcionava. Então, desceram com uma maquete da casa para eu ver. Se é para isso, eu nem saio de casa! — lamenta ele, que já perdeu a conta de quantos casos parecidos enfrenta. — No Centro de Cultura Raul Leoni, o elevador para deficientes fica no segundo andar. Temos que subir 50 degraus para chegar lá. Vê se tem sentido?
De acordo com a prefeitura de Petrópolis, nos últimos três meses, 30 pontos do Centro Histórico e arredores tiveram melhorias. O município está agora estendendo esses projetos às estruturas dos prédios públicos que ainda não dão acessibilidade. Sobre o Theatro Dom Pedro, a Prefeitura garante que o acesso a cadeirantes pode ser feito por uma porta lateral, na Rua Nilo Peçanha.
Já a prefeitura de Teresópolis afirma que investe em acessibilidade em suas novas construções, como o prédio da Escola Municipal Francisco Maria Dállia, aberto no ano passado. Em relação às calçadas, informa apenas que fiscaliza carros estacionados irregularmente próximos às rampas.
Quanto a Nova Friburgo, a prefeitura diz que o Escritório de Gerenciamento de Projetos executa todas as obras de acessibilidade do município, mas não informa que obras são essas.