sábado, 5 de outubro de 2013

Árvore urbana mais antiga de Teresópolis vira patrimônio tombado


Preservada. Árvore passou por uma limpeza completa, com a retirada de fungos e parasitas Eduardo Naddar / Eduardo Nadda

A figueira da praça é um dos elementos centrais do romance “O tempo e o vento”, de Erico Verissimo. Sob sua sombra se desenrolam eventos e diálogos que conduzem a passagem do tempo na cidade de Santa Fé. Em Teresópolis, a vida imita a arte: na semana passada, a prefeitura tombou como patrimônio histórico uma figueira na Praça Baltazar da Silveira, a árvore urbana mais antiga de que se tem notícia na cidade. Com o decreto municipal publicado no Diário Oficial na semana passada, a árvore ganhou uma proteção a mais contra a ação de vândalos e possíveis projetos de alterações urbanísticas.
— Esta figueira acompanhou o desenvolvimento da praça. Se pararmos para pensar quantas histórias se fizeram sob a sua copa e quantos namoros ali surgiram... — diz o secretário de Cultura, Wanderley Peres.
Por conta do tombamento, funcionários da prefeitura fizeram a limpeza completa da árvore, retirando ervas-de-passarinho e fungos. Além disso, ao seu redor foi instalada a exposição permanente “Uma árvore centenária”, contando a história da figueira, que este ano completou o seu primeiro século, conforme atestou a pesquisa da equipe do Patrimônio Histórico, que encontrou uma fotografia de 1913, extraída do livro “Therezópolis”, de Armando Vieira.




Cratera na RJ-130 começa a ser fechada após mais de um ano


DER-RJ inicia obras na altura do Km 39 da rodovia, onde buraco deixado por um desmoronamento de pista vinha crescendo desde 2011

Queda de barreira chegou a levar
 quase metade da pista 
Eduardo Naddar / Eduardo Naddar

Um deslizamento que há mais de um ano colocava em risco a vida de motoristas no Km 39 da Estrada Teresópolis-Friburgo (RJ-130), na altura da comunidade de Alto Vieira, finalmente começou a ser consertado. A previsão é que as obras sejam concluídas em cinco meses. Além de tampar o buraco, o Departamento de Estradas e Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) fará a contenção da encosta ao lado. O projeto está orçado em R$ 6,5 milhões.
De acordo com os moradores, o buraco vinha crescendo a cada mês desde a tragédia de janeiro de 2011. Mas, no fim do ano passado, a situação piorou muito. Uma grande parte da encosta deslizou e abriu a cratera em parte da pista.
— A situação estava caótica. Além de tudo, a sinalização não era adequada. Na parte da noite, com a visibilidade ruim, o risco de um motorista cair na cratera era enorme — diz o comerciante Luciano Azevedo.
Durante a obra, o trecho funcionará em meia pista e com um quebra-molas para que os motoristas diminuam a velocidade ao passar.
— Cerca de 10% da obra já estão prontos. São 50 funcionários trabalhando diariamente. O contratempo da meia pista é preciso para enfim se ter uma solução definitiva — diz o engenheiro responsável pela obra, Marcelo Góes


Fonte: GABRIEL MENEZE / o globo

Pedras rolam em Teresópolis e nenhuma autoridade assume a responsabilidade

Moradores do Parque do Imbuí ficam em estado de alerta em qualquer sinal de chuva
Pedras que rolaram
de encosta no Parque
 do Imbuí, em Teresópolis.
 A 
situação preocupa
 moradores 
Felipe Hanower
A qualquer sinal de chuva, os moradores do Parque do Imbuí, em Teresópolis, ficam em estado de alerta. A região, uma das afetadas pela tragédia de 2011, pouco foi assistida pelo poder público. E, desde então, uma encosta na Estrada do Grande Circuito é razão de preocupação para aqueles que transitam pelo local.
— Basta chover que várias pedras rolam. Na época da tragédia houve vítimas fatais, e todos estão preocupados com a possibilidade de que isso volte a ocorrer — diz a dona de casa Fernanda Gomes.
Reclamações, segundo os moradores, não faltam. Mas, até o momento, não há sinais de que a situação possa ser modificada.
— Além do perigo das pedras que rolam, quando chove ficamos sem rua para transitar. É um imenso lamaçal. Temos que ficar dentro de casa. Desde 2011, convivemos com o abandono dos órgãos públicos — reclama a moradora Maria José de Oliveira.
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Teresópolis, via Secretarias de Obras e de Defesa Civil, informa que a responsabilidade de estabilização das encostas no local citado é do Governo do Estado. O órgão afirma, ainda, que já há um canteiro de obras na área para tal procedimento. Entretanto, uma equipe de reportagem do GLOBO-Serra esteve na região na última semana e não viu qualquer canteiro.
Consultada, a Secretaria de Estado de Obras afirma que não realiza trabalhos de contenção no Parque do Imbuí, e informou que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é o órgão que mantém procedimentos no bairro. Porém, o Inea declara que as obras de sua responsabilidade no local se referem somente ao Rio Imbuí.


Fonte: Amanda Moura / o globo