quinta-feira, 25 de abril de 2013


Aberta licitação de lojas na rodoviária antiga; local terá agência dos Correiros e lotérica


Os comerciantes estão preocupados com a licitação para definir quem vai ficar com os pontos de venda do terminal. Será a primeira concorrência em 45 anos./Foto: Alexandre Carius.

























Após 45 anos da inauguração, o Terminal de Integração da Estação Rodoviária Imperatriz Leopoldina, no Centro Histórico, contará com a primeira licitação para o uso dos seus espaços comerciais. Serão licitadas oito lojas, quatro quiosques e o espaço do pipoqueiro. De acordo com o edital da concorrência pública, o terminal passará a contar com três lanchonetes, uma padaria, uma loja de presentes, uma casa lotérica, uma agência dos Correios, um jornaleiro, três quiosques de produtos artesanais e doces e um espaço para venda de pão de queijo e café.

A concorrência será de forma individualizada por unidade autônoma (loja, quiosque e espaço do pipoqueiro) dentro do terminal. O preço dos espaços será por metro quadrado, sendo o lance mínimo de R$ 900 para o primeiro m² e a oferta mínima de R$ 140 para os demais metros quadrados de cada unidade. O vencedor será aquele que oferecer o maior valor por m². Os comerciantes mais antigos do Terminal de Integração estão preocupados com a realização do pregão, apesar de poder participar da concorrência. “Todo mundo vai poder concorrer. Não teremos vantagens sobre ninguém. Eu posso perder o meu espaço, onde trabalho há mais de 40 anos para alguém que ofereça um Real a mais que eu”, lamentou Augusto Manoel, proprietário da Bomboniere Rosa Branca. Ele contou que ainda não teve acesso ao edital, mas garantiu que irá concorrer.
Marco Augusto Geraldes, dono da Petrosom, também informou que irá participar da licitação. A loja existe desde a inauguração do terminal, em 1968. “Acho que a concorrência é a melhor solução. Existe um processo desde 1998 para renovação dos contratos. Foram anos tentando resolver esta questão judicialmente”, disse. De acordo com o edital de licitação, o contrato para uso dos espaços será de cinco anos. No texto também foi especificado que a área licitada encontra-se ocupada e que o atual ocupante deve deixar o imóvel em até 30 dias após a homologação do certame. Caso haja necessidade de demanda judicial visando a reintegração de posse do imóvel licitado, caberá à CPTrans a responsabilidade por cumprir os termos do edital. O espaço deverá estar aberto à população no prazo de 30 dias após a assinatura do termo de posse. Obras e intervenções no imóvel devem ser realizadas pela empresa vencedora, e o projeto deverá ser apresentado à Prefeitura para aprovação.
O edital de licitação já está disponível na Companhia Petropolitana de Transportes (CPTrans), localizada à Rua Alberto Torres, número 115, no Centro, ao preço de R$ 100. A concorrência será realizada no dia 24 de maio, às 10 horas, quando serão entregue os envelopes contendo as propostas das empresas interessadas em participar do pregão.

Janaína do Carmo
Retrato de Teresópolis

Será que ela aguenta até o fim da leitura ?


Ponte. de concreto caiu na tragédia de janeiro de 2011 e até hoje moradores passam por estrutura de madeira improvisadaMÁRCIO ALVES

Ponte. de concreto caiu na tragédia de janeiro de 2011 e até hoje moradores passam por estrutura de madeira improvisada
Foto: Márcio AlvesResquícios da tragédia das chuvas de janeiro de 2011 estão por toda parte em Teresópolis. No distrito de Bonsucesso, por exemplo, o que deveria ser uma solução provisória perdura até hoje. Na altura do Km 28 da Estrada Teresópolis-Friburgo, uma ponte de madeira, visivelmente insegura, foi colocada no lugar de uma de concreto, que caiu numa enxurrada. Acabou ficando de vez.
— Meu filho, de 6 anos, é portador de necessidades especiais e precisa ser carregado no colo. Passo pela ponte diariamente com ele nos braços e morro de medo. Quando chove, ninguém tem coragem de usá-la. É uma situação absurda — reclama a dona de casa Priscila Bernardo.
Para quem passa por ali, a sensação é de que uma tragédia está prestes a acontecer. Todos temem acidentes como o ocorrido há três semanas, quando uma adolescente de 15 anos caiu no rio enquanto caminhava pela ponte. Um vizinho conseguiu resgatá-la.
— Ouvi gritos de socorro e, ao sair de casa, vi a menina na água. Não pensei duas vezes, me joguei no rio e a peguei. Ela poderia ter morrido, por sorte a escutei — diz o aposentado José Peixoto.
Em outubro do ano passado, armações de concreto foram levadas ao local, o que fez moradores de Bonsucesso acreditarem que uma nova ponte seria erguida.
— Trouxeram o material para cá, mas nenhuma obra foi iniciada. Hoje, vergalhões têm representado um perigo para todos, principalmente para as crianças que brincam na área — denuncia Peixoto.
Procurada, a prefeitura de Teresópolis não se posicionou sobre o problema.

AMANDA MOURA