terça-feira, 10 de setembro de 2013

Menino que teve olho perfurado em Petrópolis, RJ, fará nova cirurgia

Caíque adquiriu catarata traumática e terá que ser operado novamente. Mãe da criança quer que prefeitura assuma todos os custos da cirurgia.


Menino de 3 anos tem olho perfurado em Petrópolis (Foto: Arquivo pessoal)Menino de 3 anos teve o olho perfurado por gancho
de mochila (Foto: Isabele Neves/Arquivo pessoal)
A batalha do pequeno Caíque Neves Fragoso, de apenas três anos, ainda não terminou. Ele teve o olho perfurado por um gancho de mochila no dia 28 de agosto na creche onde estuda no bairro Bingen, em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Caíque foi atendido na UPA do município e aguardou mais de cinco horas até ser transferido para o Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. Após a cirurgia, o menino foi liberado e esta semana recebeu a notícia de que passará por uma nova cirurgia.
“Os médicos identificaram uma catarata pós-trauma no Caíque, que deixa o cristalino opaco e escuro. Ele só vê vulto, sombra, claridade e escuridão”, contou Isabele Neves, mãe do menino. Segundo ela, os médicos informaram que, através da cirurgia, esse quadro é reversível. No entanto, a cirurgia não é gratuita.
Nasegunda-feira (9), às 16h, Caíque ipassou por uma consulta na Clínica de Olhos Drº Tannure, em Petrópolis, para avaliar o quadro e decidir o que será feito. “A questão é que eu quero saber o que a prefeitura vai fazer. Se tiver que operar, eles vão arcar com os custos? Porque essa cirurgia tem que ser particular”, frisou Isabele, lembrando que está revoltada com o descaso do secretário de saúde André Pombo.
Segundo Isabele, a única medida feita pela prefeitura até o momento foi a marcação desta consulta. “Eu estou tentando falar diretamente com o prefeito (Rubens Bomtempo) que também é médico, mas eu não consigo. Estão me barrando de todas as formas, mas esse é um direito meu, de cidadão”, alegou, lembrando que os danos da vista de Caíque só aconteceram por conta da demora na transferência.
Menino Caíque pós cirurgia em Petrópolis (Foto: Arquivo pessoal/Isabele Neves)
Após cirurgia, menino adquiriu catarata traumática
(Foto: Isabele Neves/Arquivo Pessoal)
Outro problema relatado pela mãe do Caíque é que ele não quer voltar para a escola. Além disso, uma psicóloga já orientou a família de que o ideal é que o menino não volte à sua rotina escolar este ano, devido ao trauma que passou. “O problema é que isso está prejudicando ele. O Caíque está impaciente e agressivo até com a gente, ele estava acostumado com um ambiente escolar. Eu perdi meu emprego, minha vida está toda voltada pra isso”, disse Isabele.
“Se o caso chegou ao extremo, é ao extremo que vai ser. Quero falar com o prefeito! Ele não é a autoridade máxima? Eu não estou pedindo nada demais, é um direito que eu tenho”, revelou Isabele.
Ao entrar em contato com a prefeitura para esclarecer os fatos narrados pela mãe do menino, que enviou a seguinte nota: "A prefeitura de Petrópolis estará custeando todas as despesas com cirurgias ou qualquer medicamento utilizado para o menino Caíque neste pós-operatório, tanto que nesta segunda-feira (9) já havia consulta marcada para uma avaliação da criança. Todo o apoio continuará a ser oferecido à família, mantendo a mesma assistência da primeira equipe que atendeu o menino logo após o acidente. Desta forma, a prefeitura reforça a qualidade do trabalho realizado até agora, o que pode ser comprovado com o comprometimento no pós-operatório. Também esclarece que, em momento algum, o prefeito Rubens Bomtempo foi procurado oficialmente pela família."
G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário