quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Incêndio em imóvel abandonado na Rua Tietê


Bombeiros retornaram ao imóvel abandonado no Bairro de Fátima para mais uma vez combater um foco de incêndio
Bombeiros retornaram ao imóvel abandonado no Bairro de Fátima para mais uma vez combater um foco de incêndio


Mais um incêndio atingiu o imóvel onde funcionava um restaurante na esquina das ruas Ivaí e Tietê, no bairro de Fátima, mas que hoje está em ruínas. Foi necessária a intervenção de agentes do Corpo de Bombeiros para conter as chamas. Essa foi a segunda vez em menos de dois meses em que os bombeiros foram acionados para conter um princípio de incêndio no mesmo local provocado por pessoas que ocuparam a casa abandonada.
O plantão do Jornal O Diário de Teresópolis já alertava no final de semana para a denúncia de que moradores de rua continuavam ocupando o imóvel e provocando fumaça no local. O alerta foi feito no domingo, dia 6, através da publicação de uma foto do imóvel com fumaça saindo de uma das janelas e acabou gerando muitos comentários. Entre as opiniões, as pessoas criticaram a falta de ações da prefeitura e temiam pela possibilidade de crimes ocorrerem no local. Menos de 48 horas depois, o novo incêndio aconteceu.
O chamado aconteceu por volta das 7 horas da manhã desta terça-feira, quando os bombeiros chegaram rapidamente, isolaram o local e começaram o combate às chamas no interior da casa. Os agentes foram ao local com três viaturas e conseguiram controlar o fogo.
Desta vez, uma mulher que estava dentro do terreno foi detida porque teria sido responsável por iniciar o fogo. Os policiais militares que estavam em patrulhamento pelo local receberam a informação de que algumas pessoas seguraram a suspeita próximo ao local do incêndio, pois eles a teriam visto saindo da casa incendiada. Os policiais detiveram a mulher e ela foi encaminhada para delegacia para ser ouvida no registro do caso.

Três viaturas foram deslocadas para o terreno após o acionamento feito na manhã des terça-feira
Três viaturas foram deslocadas para o terreno após o acionamento feito na manhã des terça-feira

Rapidez

A ação de combate às chamas foi rápida e ninguém ficou ferido com o incidente, porém a situação do local continua preocupando moradores da região, pois o imóvel serve de abrigo para moradores de rua e até de esconderijo para criminosos.
Essa situação de aparente descaso das autoridades públicas contrasta com a veemência da ação de fiscais da prefeitura quando é feita uma obra em algum imóvel. Enquanto nas casas abandonadas a ameaça de crimes e acidentes é permanente, a fiscalização mostra mesmo um rigor excessivo quanto a quem realiza intervenções, mesmo que sejam de pequeno porte.
Mesmo localizada próximo a 110ª Delegacia de Polícia, a residência já havia sido cenário até de um estupro e há anos os moradores da vizinhança reclamam da presença de invasores. Apesar da situação calamitosa, nenhuma atitude foi tomada pelo poder público.

Incêndio no final de agosto

O Corpo de Bombeiros foi acionado para evitar que um incêndio destruísse a casa e chegasse, consequentemente, às residências vizinhas no dia 26 de agosto. O fogo teve início depois que pessoas que invadiram o local colocam fogo em alguns objetos para conseguir cozinhar. As chamas saíram de controle, atingiram pedaços de madeira que estão no interior da casa e chegaram até o telhado. Felizmente, o Corpo de Bombeiros não estava em nenhuma outra ocorrência e chegou rapidamente ao local, controlando o incêndio e isolando a área.
Enquanto a situação não é resolvida e a prefeitura não intervém, quem vive na vizinhança é que está sofrendo as consequências do abandono. “A gente tem medo da ocupação que acontece aqui. Na melhor das hipóteses vira um namoródromo. Então, os casais entraram aí e pronto, mas na pior das hipóteses ficam bandidos aí dentro, como um já se instalou e teve até um estupro. Não é possível que uma situação tão notória, tão conhecida, permaneça infinitamente sem nenhum tipo de solução”, reclama o vizinho Mauro Rothberg.

Outros imóveis abandonados

Um incêndio foi registrado no interior de uma casa que fica no Bairro da Vila Muqui na tarde de sexta-feira, dia 4, e mobilizou um grande número de agentes do Corpo de Bombeiros. Apesar do grande susto que as pessoas que moram próximo da casa passaram, ninguém ficou ferido. O incêndio foi registrado dentro de uma casa que estaria abandonada, localizada em um trecho conhecido como Servidão José de Oliveira Pinho. De acordo com informações colhidas no local, o imóvel não era habitado, mas estaria servindo de ponto para pessoas que se escondiam para consumir drogas.
Em junho passado, o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater um incêndio em um imóvel na Rua Alfredo Rebelo Filho, no bairro do Alto. O sinistro aconteceu em uma das casas de um condomínio inacabado – cuja obra está parada e serviria de abrigo para moradores de rua. Eles teriam colocado fogo em jornais para se aquecer, a fogueira se transformado em um incêndio e a situação ficado fora de controle. Um dos ocupantes do imóvel conseguiu fugir. Outros dois tiveram de ser resgatados pelos bombeiros e foram levados para a UPA com sinais de intoxicação.
Nos últimos anos, os moradores do bairro do Caxangá têm convivido com a insegurança e o desconforto nas proximidades dos antigos e abandonados, clube e hotel, homônimos ao bairro. Condomínios ao redor das construções estariam sofrendo com a ação de moradores de rua e meliantes que fizeram dos locais pontos de refúgio e depósito de rés furtiva. O problema não é uma novidade para os moradores do local, pois desde que fechou, no início da década de 90, o clube se tornou uma grande “pedra no sapato” dos seus vizinhos, já tendo até sido registrados homicídios no local.

Fonte:José Carlos dos Santos/ O Diario

Parque Municipal de Itaipava recebe brinquedos adaptados

Parque Municipal de Itaipava recebe brinquedos adaptados

No último domingo (6), durante o 1º Dia do Coração – Feira de Saúde e Qualidade de Vida, realizado no Parque Municipal de Petrópolis, em Itaipava, o local ganhou novos equipamentos que foram instalados na área infantil. Trata-se de um balanço e um carrossel adaptados para crianças com deficiência, que irão garantir a inclusão e a igualdade, onde crianças cadeirantes poderão brincar tranquilamente.
A diretora da escola Paulo Freire, Ana Lúcia Rocha dos Santos, ressaltou a inclusão das crianças no parque. “Nossos alunos vão ter lazer fora de casa. E vão estar juntos com outras crianças, cadeirantes ou não”. Jussara Lima, mãe de Ivan Tecorato Filho, de 21 anos, também elogiou a iniciativa. “Meu filho não queria mais vir ao parque. A inclusão facilitou a vida das crianças”, comemorou.
Mais de duas mil pessoas participaram do evento promovido pela prefeitura de Petrópolis e o Hospital Santa Teresa (HST), que teve como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde, alimentação e a prática de exercícios físicos para a prevenção de doenças.
Foram montadas 18 tendas oferecendo serviços como aferição de pressão, avaliação nutricional e apresentação de alimentos funcionais (dietslights e orgânicos). O dia também contou com muita atividade física, aulas de jump, spinning e aeroboxe, Corrida Infantil Cross Country, 2º Caminhada melhor idade e 3º Corrida Adulto.
Tendas da secretaria de Saúde também distribuíram panfletos informativos sobre DST/HIV e preservativos; a secretaria de Meio Ambiente distribuiu mais de 500 mudas de flores de canteiro e a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) compareceu com a campanha “Eu Respeito a Vida”, de conscientização sobre a importância de respeitar as leis de trânsito. A secretaria de Educação montou uma pequena sala de leitura para as crianças e a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania mostrou a série de serviços sociais destinados à população.
De acordo com dados do HST, foram realizados 550 atendimentos de avaliação funcional e pressão arterial e quinhentas pessoas, entre crianças, adultos e idosos, participaram das corridas. Cerca de 100 pessoas, em médias, realizaram a programação das atividades físicas agendadas até 14 horas. Foram distribuídas 300 camisas e duas mil canetas. Durante todo o evento, além de frutas, mais de três mil copos de água foram distribuídos.
Durante o evento foi divulgado um investimento de R$ 10 milhões por parte do HST, com a compra de dois equipamentos de última geração – hemodinâmica e ressonância – para atendimentos cardiovasculares.

Salomão exige redução no custo do GNV em Teresópolis e em todo o interior, já prevista na lei 6.448/13 e na planilha de custos da Companhia Estadual de Gás.

A lei 6.448/13 prevê a redução no preço final do GNV no interior do estado e vai beneficiar Teresópolis, onde as obras de dois novos postos de abastecimento estão em andamento e devem terminar até janeiro de 2014 “Uma boa notícia para os moradores do interior do estado e, em particular, para a sofrida população de Teresópolis, que foi a pioneira na Região Serrana com um posto de Gás Natural Veicular, no bairro do Alto. Tive uma reunião auspiciosa com o presidente da CEG, Bruno Armbrust, e nela soube que, pela planilha de custos da empresa e com a conclusão da revisão quinquenal do preço do gás pela AGENERSA (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro), haverá uma equalização deste preço com o praticado na Capital, passando de R$ 2,20 o metro cúbico par R$ 1,80”, comemorou na tribuna da ALERJ o deputado estadual Nilton Salomão, no dia 08 de outubro de 2013. “Essa redução será subsidiada pelo governo do estado”, completou o deputado. Sancionada pelo governo Cabral, a Lei 6.448/13 — que dispõe sobre a introdução de estímulos para a interiorização da distribuição de Gás Natural Canalizado no Estado do Rio de Janeiro, por meio do Gás Natural Comprimido (GNC), que é transportado em cilindros, como o que abastece os veículos em Teresópolis — prevê, em seu Art. 1º: “Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a introduzir os estímulos necessários e cabíveis para que as Concessionárias de Gás Canalizado do Rio de Janeiro, CEG e CEG Rio, possam continuar desenvolvendo o Gás Natural Comprimido (GNC) em áreas onde não existem redes de distribuição (…). Os estímulos mencionados nesse artigo deverão, dentre outros, buscar eliminar o atual tratamento diferenciado existente entre os clientes de GNC do tipo Ponto a Ponto que não são supridos pelas Concessionárias diretamente daqueles que são atendidos diretamente pelas Distribuidoras de Gás Canalizado, dentro de projetos estruturantes ou mesmo daqueles abastecidos no sistema interligado de distribuição”. Para o deputado Salomão, como Teresópolis está recebendo obras de instalação de gás encanado, essa redução será mais do que viável. “Também soubemos que dois novos postos de abastecimento de Gás Natural Veicular estão sendo concluídos e, até janeiro de 2014, os dois estarão em funcionamento”, revelou Salomão. Segundo a lei, “caberá ao Poder Executivo Estadual solicitar às Concessionárias que apresentem uma proposta para eliminar a atual diferenciação entre clientes de GNC que estão vinculados a um projeto Ponto a Ponto de GNC dos que estão ligados diretamente a uma rede de distribuição das Concessionárias”. Atualmente, a tarifa final do GNV para os postos no Rio de Janeiro é de R$ 1,20 e a margem de lucro aumenta o preço do metro cúbico em R$ 0,50, chegando a um total de R$ 1,70. Em cidades como Teresópolis, onde só há um posto em operação no sistema “ponto a ponto”, o custo final médio do gás é de R$ 1,80. Com a margem do posto a R$ 0,40 (sem custo de compressão), o metro cúbico chega a R$ 2,20. A boa notícia do projeto que conecta dois novos postos — um no Ermitage, que deve funcionar até o final de novembro, e um segundo no Centro, previsto para janeiro do ano que vem — vem se somar à redução do preço, trazendo expectativa para o povo de Teresópolis. “Mas vamos ficar de olho e vamos cobrar que tudo isso seja cumprido”, garantiu Salomão. Ou seja, Teresópolis terá, em 2014, três postos, todos conectados à rede local. E não terá, com isso, mais postos “ponto a ponto”. Em consequência, com o início da operação do terceiro posto e a ligação na tubulação do posto do Alto, dispensando o transporte em cilindros, o preço final terá que cair para algo em torno de R$ 1,80 o metro cúbico! O custo do transporte e compressão do gás seria dividido por todo o sistema, por meio de um Encargo GNC.

Queda de marquise deixa um morto e sete feridos em Madureira, Rio

Entre os feridos estão dois bombeiros que prestavam assistência, diz PM.Acidente foi em loja perto da quadra da escola de samba Império Serrano.


Um homem morreu e sete ficaram feridos na queda da marquise de uma loja na Estrada do Portela, número 23, em Madureira, Subúrbio do Rio, na altura da quadra da escola de samba Império Serrano. A informação é do Corpo de Bombeiros. Segundo testemunhas, o morto foi identificado por amigos como sendo o camelô Cristiano. De acordo com o subcomandante da Defesa Civil, Marcio Mota, quatro vítimas, todas mulheres, estão em estado grave.
De acordo com o serviço reservado do 9º BPM (Rocha Miranda), a queda da marquise da loja Citycol foi por volta das 20h. Nenhum responsável pelo estabelecimento foi encontrado para comentar o acidente.
Entre os feridos estão dois bombeiros que prestavam assistência e foram levados para o hospital da corporação. Um deles quebrou a perna e o outro sofreu escoriações, de acordo com policiais. Os feridos foram encaminhados para os hospitais Carlos Chagas, em Marechal Hermes; Albert Schweizer, em Realengo; e Salgado Filho, no Méier.
Amigos do camelô morto no desabamento da marquise da loja Citycol, em Madureira, no Rio, chora (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Mulher chora ao saber de morte no desabamento
da marquise (Foto: Gabriel Barreira)
“Foi um acidente de trabalho, inerente à profissão. Pedaços de reboco caíram ao lado deles. Um teve uma suspeita de fratura na perna direita e o outro, escoriações”, explicou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Hélio Lima.
A Polícia Civil realizou perícia no local. O caso foi registrado na 29ª DP (Madureira), responsável por investigar o desabamento.
Obras em loja
Segundo o subsecretário Marcio Mota, houve um colapso estrutural. A loja passava por obras, mas aparentemente a reforma acontecia apenas na área interna, e não incluiria a marquise. No local foram encontrados sacos de cimento, material de construção e capacetes usados por operários. A Defesa Civil apura se a obra era acompanhada por um engenheiro.

Pedreiro nelson bezerra trabalhava na obra da loja Citycol, Madureira, Rio (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Pedreiro Nelson Bezerra trabalhava na obra da loja
(Foto: Gabriel Barreira)
Mota ressalta que não foi encontrada nenhuma placa, como é de praxe, com o nome do engenheiro responsável. “Toda obra tem que ter um engenheiro técnico e responsável. Se essa tinha, ele será responsabilizado. A prefeitura publicou uma lei de autovistoria. De 5 em 5 anos tem que ter autovistoria, e qualquer intervenção tem que ser feita por um profissional, além de ter a licença da prefeitura”, explicou Mota.
O pedreiro Nelson Bezerra, que trabalhava na obra, disse que havia um responsável pela reforma, no entanto, ele não soube dizer se era engeheiro. "A marquise ninguém mexeu. A obra era dentro da loja. Trabalhávamos pra entregar a obra na segunda-feira", disse.
Interdições no trânsito
Por volta das 22h, a Estrada do Portela estava interditada, na altura da quadra da Império Serrano. O desvio do tráfego acontecia pela Rua Carolina Machado, que estava em mão dupla. Dezenas de pessoas foram ao local do acidente para acompanhar os resgates e procurar por conhecidos.

Internauta registra desabamento de marquise da loja Citycol, em Madureira, no Subúrbio do Rio (Foto: Rodrigo Lucas Alves/ VC no G1)Internauta registra desabamento de marquise da loja Citycol, em Madureira, no Subúrbio do Rio (Foto: Rodrigo Lucas Alves)
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Loja da Citycol antes da queda de marquise em Madureira, no Subúrbio (Foto: Reprodução/ Google Maps)Loja da Citycol antes da queda de marquise em Madureira, no Subúrbio (Foto: Reprodução/ Google Maps)

O presidente da Câmara, Maurício Lopes (PSL) visita Feira de Ciências no Colégio Estadual Campos Salles



O presidente da Câmara, Maurício Lopes (PSL), e o vereador Dedê da Barra (PTN) – membro da Comissão de Educação e Cultura - prestigiaram a 13ª Feira de Ciências do Colégio Estadual Campos Salles, na Barra do Imbuí, no dia 06.10. Com 60 anos dedicados à educação em Teresópolis, o colégio tem hoje cerca de 600 alunos. A diretora Denise Carvalho mobilizou todas as turmas para a exposição. “Parabenizo a diretora pelo excelente evento, que ajuda a descobrir talentos e incentiva a garotada para um futuro melhor. A escola tem um espaço excelente e vamos pedir junto ao governo do Estado algumas intervenções para ampliar a utilização da área do colégio.”

Passeio ciclístico agitará esportistas petropolitanos


Foto: Ricardo Striche
Estão abertas as inscrições para o 1º Passeio Ciclístico Solidário da Porto Seguro Seguros, cujo evento será no dia 27 deste mês. As inscrições são gratuitas, no entanto, o participante deverá entregar nos dias 25 e 26 deste mês, na Porto Seguro Seguros, localizada à Rua Benjamin Constant 222, apenas dois quilos de alimentos como doação.

As inscrições devem ser realizadas pela internet através do link:http://ae.allen.com.br/eventos. As vagas são limitadas. O passeio sairá da Praça 14 Bis, às 9 horas. Os ciclistas vão percorrer três quilômetros pelo Centro de Petrópolis e retornarão à praça. Haverá a entrega de camisa e brindes da Porto Seguro Seguros. Toda a arrecadação de alimentos será entre à Creche São Charbel, no Caxambu. A organização do evento é da Allen Esportes em parceria com a Porto Seguro Seguros. 

Dois anos depois da tragédia moradores do Vale do Cuiabá ainda cobram moradias


Foto: Alexandre Carius



















Na manhã desta quarta-feira, aproximadamente 30 moradores do Vale do Cuiabá, se reuniram em frente à sede do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Itaipava, para saber quais são os critérios que estão sendo utilizados para a escolha das famílias que vão ganhar as novas moradias construídas na área atingida pela chuva de 2011. Eles reivindicam também ter acesso à lista das pessoas que foram escolhidas para receber as 50 casas já construídas na região pelo governo do estado. Um grupo de advogados do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis (CDDH), que acompanhou a manifestação, disse que diversas irregularidades estão ocorrendo porque o Inea não permite a participação popular durante o processo de escolha de que vai ou não receber novos imóveis. 

“Os moradores sabem exatamente quem morava nas áreas mais atingidas, mas o realocamento das famílias está sendo feito de acordo com os critérios do Inea, para facilitar as obras de reconstrução do leito do rio, e não de acordo com as necessidades dos moradores. Por isso irregularidades como famílias que têm as casas localizadas em áreas classificadas como de “faixa verde”, ou seja, sem risco eminente de inundação, já receberam a confirmação de que estão na lista dos beneficiados com um novo imóvel. Enquanto quem perdeu tudo, mas não tinha a residência localizada próximo ao leito do rio, ainda não tem previsão de nada”, denunciou o advogado do CDDH, Hailton Pinheiro. 
Esse é o caso da moradora Maria Aparecida Carvalho. A doméstica já morava no Vale do Cuiabá há 10 anos, quando perdeu tudo na tragédia. O imóvel ficava em uma vila de 34 casas, que foram completamente destruídas. “Mesmo não tendo sobrado nada, a área onde nós morávamos foi considerada como de “faixa verde” e, por isso, não seríamos um dos primeiros a receber as novas residências, mas a minha vizinha que também foi colocada neste mesmo grupo já foi informada de que vai ganhar uma das 50 casas. Eles só realocaram ela porque a casa era mais para a beira do rio”, disse indignada. 
A situação da moradora Luciana Aparecida Alves, que mora no Vale do Cuiabá há 30 anos, é ainda mais complicada. “Desde a tragédia recebo o aluguel social, e desde então já fiz pelo menos mais 10 cadastros, mesmo assim no mês passado eu vim aqui na sede do Inea para saber se tinha previsão para eu receber uma casa, e eles simplesmente me disseram que não havia cadastro algum. Depois da minha reclamação, um funcionário do instituto informou que iria incluir o meu nome novamente na lista dos que deveriam ser beneficiados com uma nova residência, mas essa desorganização é um absurdo”, explicou. 
O presidente da associação de moradores do Vale do Cuiabá, José Quintella, contou que algumas famílias que moravam na mesma casa antes tragédia vão ganhar novos imóveis separadamente. “Na época moravam os pais junto com os filhos, agora tem família onde cada pessoa vai morar em uma residência nova, isso não pode. Além disso, tem algumas famílias com dez pessoas, por exemplo, que não estão na lista e outras pessoas solteiras que estão”, ressaltou.
Ainda de acordo com Quintella, as 50 casas não estão totalmente prontas e a informação passada é que elas devem ser entregues até o fim do ano. “Não houve nenhum comunicado oficial, mas algumas famílias já foram informadas verbalmente. Outras, não sabem se estão ou não na lista. É o que queremos saber”, explicou.
Por volta das 14h30, representantes do Inea foram ao local da manifestação. “Eles disseram, que não havia como divulgar a lista agora, então uma reunião foi agendada para quarta-feira (16), com a promessa que este documento vai ser mostrado aos moradores. A princípio apenas um ofício foi feito por eles, em resposta ao que nós elaboramos”, disse o advogado do CDDH, Hailton Pinheiro. 
Segundo o fiscal do Inea, João Áureo, o instituto tem trabalhado na recuperação das calhas do rio. “As casas não estão prontas ainda. Nós estamos dando prioridade aos moradores do Vale do Cuiabá, e que tinham as casas demarcadas em locais de alto risco de inundação, ou seja, que estão localizadas dentro da área de 15 metros da calha do rio”, explicou. Ainda segundo Áureo, apenas 810 famílias estão dentro da área de atuação do Inea, dessas, 353 já foram indenizadas e o valor gasto nas negociações foi de R$ 12.547.556,44. 

Fonte: A tribuna de Petrópolis