“PMDB Está com Medo de Perder”, Diz Crivella
A crise entre PT e PMDB, agravada pelas declarações do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, nesta semana, provoca um quebra-cabeça no cenário eleitoral do Rio de Janeiro em 2014. Enquanto o PT cogita lançar o senador Lindbergh Farias, o PMDB não abre mão de ter na corrida pelo governo do Estado o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Como o PT vem se mexendo para emplacar Lindbergh, Cabral ameaça romper com Dilma — o que pode comprometer apoio de parte do PMDB à campanha dela à reeleição.

— Obrigar o partido da presidente [PT] a adiar pela segunda vez o direito de disputar o governo do Estado seria, para dizer o mínimo, um Himalaia de ingratidão e uma Baía de Guanabara de presunção.
O senhor vai apoiar a candidatura de Lindberg ao governo?
Eu vou é apoiar o Rio. Assim como defendo o PT disputar a eleição, defendo que o PRB e os demais partidos possam também apresentar seus planos ao povo. Isso é o melhor para a democracia e é o melhor para o Rio. Se não for o escolhido, apoiarei num eventual segundo turno aquele que melhor represente a união do Rio com o vitorioso governo da presidente Dilma. Lembro que ela, entre tantas coisas, teve a coragem de enfrentar os que queriam perpetuar no Brasil o paraíso da usura, reduzindo as mais altas taxas de juros do mundo que tiravam suor, as lágrimas e até o sangue do trabalhador brasileiro. E não se deu por satisfeita. Mostrou ao Brasil que detentores de concessões de obras públicas, erguidas com esforço de todos, cobravam tarifas abusivas e as fez baixar. Ora, uma dama tão ilustre que mantém a inflação sob controle e a economia gerando empregos enquanto o mundo em crise mergulha desarvorado na hecatombe da recessão não merece ser chantageada. Pelo contrário, precisamos lhe garantir o apoio necessário.
Como o senhor acha que vai ficar a relação do governo Cabral com o presidente Lula?
Como o senhor acha que vai ficar a relação do governo Cabral com o presidente Lula?
