terça-feira, 30 de outubro de 2012


Há cinco anos, projeto investe na formação de 


crianças e jovens através de aulas de música em


 Guapimirim


Vitória da música: Lucas foi aprovado para a banda da Guarda Municipal de Itaboraí
Vitória da música: Lucas foi aprovado para a banda da Guarda Municipal de Itaboraí 
A beleza e o som do saxofone sempre mexeram com a estudante Talita Kaled, de 16 anos. Mas foi aos 14 que a jovem teve o primeiro contato com o instrumento. Desde então, não se separaram. Histórias parecidas ocorreram com outros jovens da Orquestra Som da Serra, projeto patrocinado pela Concessionária Rio Teresópolis (CRT), através da lei federal de incentivo à cultura, e desenvolvido pelo Grêmio Recreativo Musical Guapiense, em Guapimirim.
— Passava e via as pessoas tocando. Tive curiosidade, decidi entrar e gostei. Nunca toquei nenhum instrumento antes, mas a imagem do sax me atraía. Gosto muito do som — contou a estudante.
Por ano, cerca de 80 jovens participam do projeto, que estimula o conhecimento e a reflexão sobre manifestações artísticas e desenvolve atividades utilizando a música popular.
Desde 2006, mais de 400 jovens já passaram pela orquestra
Desde 2006, mais de 400 jovens já passaram pela orquestra 
Com dois anos de orquestra, Talita já pensa em lançar um CD. O desejo surgiu após ficar em segundo lugar num concurso de talentos da CRT, realizado em dezembro. A banda de Talita empolgou com a canção "Pensando em nós dois". Além da premiação — um troféu e R$ 200 — , o concurso despertou na estudante o desejo de seguir carreira musical:
— Tentamos ir para frente, nos apresentamos em outros concursos, mas é difícil. Até gravaria se tivesse oportunidade um dia — conta a jovem, ainda esperançosa.
Bons frutos do projeto
Desde dezembro de 2006, mais de 400 alunos já passaram pela orquestra. A coordenadora de Recursos Humanos da CRT, Alessandra Fernandes, ressalta a importância das aulas:
— O projeto dá uma perspectiva profissional para os jovens. Mesmo que não ingressem na carreira musical, eles podem trabalhar em outra profissão relacionada à música.
O trombonista Lucas Silva Rosa é um exemplo bem-sucedido. Aos 18 anos, ele foi aprovado para a banda da Guarda Municipal de Itaboraí e aguarda convocação. Lucas toca trombone há quase sete anos. No projeto desde os 13, ele trabalha na secretaria do grêmio e não vê a hora de ter estabilidade através da música:
— Estou esperando a convocação ansioso. Na minha idade já consegui uma estabilidade — comemora Lucas, que deverá ganhar cerca de R$ 1.500.


Fonte: http://extra.globo.com

Faça e Aconteça: O desafio de ser formal



Empresa familiar: Ilídio Delgado e o cunhado, Gilberto de Castro
Foto: Felipe Hanower











Morador de Teresópolis com dez anos de experiência em artesanato formaliza o negócio e abre uma empresa
Empresa familiar: Ilídio Delgado e o cunhado, Gilberto de Castro
FELIPE HANOWER
Há dois anos o teresopolitano Ilídio Delgado deixou de ser artesão para se tornar um empresário. Com dez anos de experiência na criação de acessórios femininos em couro, ele percebeu que era hora de fazer o negócio crescer. Mas, para isso seria necessário abandonar a informalidade. Foi aí que surgiu a empresa Couro em Flor.
— Trabalhava em casa, fazendo as peças com a ajuda da minha família. Foi então que participei do Projeto Empreendedor, do Sebrae, onde fui estimulado a formalizar o meu negócio por conta do seu potencial de crescimento — explica Delgado.
Ele instalou a empresa no Núcleo de Empreendedorismo de Teresópolis, no bairro Ermitage, e hoje já conta com seis funcionários.
— O nosso negócio sempre teve uma característica familiar. Com essa expansão, conseguimos trazer ainda mais parentes. Hoje, trabalhamos eu, meus filhos e cunhados. É claro que vai chegar uma hora em que teremos que contratar funcionários de fora — explica.
A empresa produz acessórios como presilhas de cabelo, pulseiras, chaveiros e brindes, com preços que variam de R$ 1 a R$ 20. A novidade é a fabricação de cintos, que começa a ser comercializado em breve. O artigo está sendo feito com duas máquinas que foram adquiridas recentemente.
A Couro em Flor não vende os seus produtos diretamente, ela trabalha apenas com a revenda dos produtos para lojas, em varejo ou atacado, e hoje tem clientes em toda a Região Serrana e cidades com Rio de Janeiro e Três Rios. Em Teresópolis, os artigos da Couro em Flor podem ser comprados em lojas como A e B, Quiosque e Dona D. Um de seus diferenciais é a possibilidade de criar peças exclusivas para cada loja.
De acordo com o empresário, o seu objetivo é expandir o negócio para outras partes do país, mas para isso ainda é necessário driblar alguns problemas, como a falta de mão de obra qualificada e a dificuldade logística.
— Ainda estamos nos estabelecendo no mercado formal, e isso requer quebrar algumas barreiras burocráticas e operacionais. É uma batalha longa, mas creio que valerá a pena — afirma.
Fonte :Jornal O Globo