terça-feira, 30 de outubro de 2012


Faça e Aconteça: O desafio de ser formal



Empresa familiar: Ilídio Delgado e o cunhado, Gilberto de Castro
Foto: Felipe Hanower











Morador de Teresópolis com dez anos de experiência em artesanato formaliza o negócio e abre uma empresa
Empresa familiar: Ilídio Delgado e o cunhado, Gilberto de Castro
FELIPE HANOWER
Há dois anos o teresopolitano Ilídio Delgado deixou de ser artesão para se tornar um empresário. Com dez anos de experiência na criação de acessórios femininos em couro, ele percebeu que era hora de fazer o negócio crescer. Mas, para isso seria necessário abandonar a informalidade. Foi aí que surgiu a empresa Couro em Flor.
— Trabalhava em casa, fazendo as peças com a ajuda da minha família. Foi então que participei do Projeto Empreendedor, do Sebrae, onde fui estimulado a formalizar o meu negócio por conta do seu potencial de crescimento — explica Delgado.
Ele instalou a empresa no Núcleo de Empreendedorismo de Teresópolis, no bairro Ermitage, e hoje já conta com seis funcionários.
— O nosso negócio sempre teve uma característica familiar. Com essa expansão, conseguimos trazer ainda mais parentes. Hoje, trabalhamos eu, meus filhos e cunhados. É claro que vai chegar uma hora em que teremos que contratar funcionários de fora — explica.
A empresa produz acessórios como presilhas de cabelo, pulseiras, chaveiros e brindes, com preços que variam de R$ 1 a R$ 20. A novidade é a fabricação de cintos, que começa a ser comercializado em breve. O artigo está sendo feito com duas máquinas que foram adquiridas recentemente.
A Couro em Flor não vende os seus produtos diretamente, ela trabalha apenas com a revenda dos produtos para lojas, em varejo ou atacado, e hoje tem clientes em toda a Região Serrana e cidades com Rio de Janeiro e Três Rios. Em Teresópolis, os artigos da Couro em Flor podem ser comprados em lojas como A e B, Quiosque e Dona D. Um de seus diferenciais é a possibilidade de criar peças exclusivas para cada loja.
De acordo com o empresário, o seu objetivo é expandir o negócio para outras partes do país, mas para isso ainda é necessário driblar alguns problemas, como a falta de mão de obra qualificada e a dificuldade logística.
— Ainda estamos nos estabelecendo no mercado formal, e isso requer quebrar algumas barreiras burocráticas e operacionais. É uma batalha longa, mas creio que valerá a pena — afirma.
Fonte :Jornal O Globo



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