Minas Gerais -  O goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos por matar a ex-amante Eliza Samudio, se meteu em uma discussão na lavanderia do presídio Nelson Hungria. O bate-boca o afastou do trabalho que resulta em redução de pena e o levou a um processo administrativo que pode mantê-lo sem o direito de trabalhar ou receber visitas.
O goleiro no terceiro dia de julgamento, no Fórum Criminal de Contagem (MG) | Foto: Divulgação
O goleiro no terceiro dia de julgamento, no Fórum Criminal de Contagem (MG) | Foto: Divulgação
O advogado de Bruno, Tiago Lenoar, disse que a questão será julgada em um processo administrativo em no máximo 20 dias e a penalização pode ser de 30 dias de advertência sem os direitos de visitação e trabalho. O defensor foi comunicado do ato de indisciplina na quinta-feira.
Bruno está no Nelson Hungria desde 2010 e logo começou a colaborar na lavanderia. A cada três dias completos de trabalho, os presos reduzem a condenação em um dia.
“O Bruno é um cara muito vulnerável e é constantemente provocado”, disse Leonar, sustentando que não ainda não sabe com quem foi a briga. Após a discussão, Bruno e outro presidiário foram transferidos para o Pavilhão 1 – que enfrentou grave rebelião em fevereiro passado - onde também está preso Luiz Henrique Romão, o Macarrão, réu do mesmo crime. Para a defesa, isso é “desconfortável” porque os dois têm versões diferentes.
Segundo o advogado o processo seguirá as normas do Regulamento Disciplinar Prisional, código de disciplina dentro do presídio e pode pegar de 10 a 30 dias de advertência. Caso seu ato seja considerado grave ao fim do processo, ele pode perder direito a visita e de trabalhar. A atual mulher de Bruno, Ingrid Calheiros também foi notificada do caso.
Para Lenoar foi uma discussão de trabalho. “Conversei com o Bruno e ele disse que foi tudo muito tranquilo. Sem assuntos pessoais. Uma discussão durante o trabalho sobre assuntos da lavanderia”.

As informações são de Carolina Garcia, do iG