quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SP: Santa Casa despede mil, e médicos continuam sem salário

A sala de atendimento da Santa Casa de SP vazia
Foto: Thiago Tufano / Terra

Empresa terceirizada que presta serviços de limpeza à instituição, Vivante, anunciou a demissão de 1.150 empregados que trabalham no hospital

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que passa por uma grave crise financeira, ainda não efetuou o pagamento dos salários atrasados de novembro e o décimo terceiro de seus funcionários. Também sem receber, a empresa terceirizada que presta serviços de limpeza à instituição, Vivante, anunciou a demissão de 1.150 empregados que trabalham no hospital.
Hoje (18), em reunião entre a diretoria do hospital, a Superintendência do Ministério do Trabalho em São Paulo e sindicatos que representam médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, a Santa Casa pediu novo prazo para os pagamentos: 29 de dezembro.
Com isso, uma possível greve dos funcionários foi adiada. “A Santa Casa deixou claro que a instituição não tem dinheiro para nada, além dos problemas administrativos que precisam ser sanados. Achamos que uma greve agora dificultaria ainda mais a aquisição de empréstimos. Vamos aguardar até o dia 29 para tomar outra decisão, pois a crise é muito grave e salta aos olhos de todos”, disse Eder Gatti, presidente do Sindicato dos Médicos.
A representante do Sindicato dos Enfermeiros, Ana Lúcia Firmino, acredita que a situação pode ser resolvida sem prejuízos à população. “A Santa Casa tem uma preocupação social e recebe todas as demandas de emergência do centro da cidade. Por isso, nossa categoria decidiu aguardar o dia 29 como prazo máximo, pois uma greve agora seria um grande prejuízo para a população”, disse.
Maria de Fátima Neves de Souza, membro do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem de São Paulo (Sindsaudesp), lembrou que os atrasos nos pagamentos também geraram multas à Santa Casa. “Os trabalhadores querem que a Santa Casa apresente um prazo máximo para o pagamento de multas”, disse ela
A empresa Vivante informou que os funcionários demitidos continuarão prestando serviços até 4 de janeiro. De acordo com a empresa, o valor total da dívida chega a R$ 22 milhões, somando pagamentos atrasados de junho, julho, agosto e novembro. Multas e juros por descumprimento de cláusulas contratuais ultrapassam R$ 28 milhões.
“Os empregados, que têm sido remunerados com fundos próprios da empresa – que também arca com as despesas de materiais e equipamentos utilizados para cumprir o contrato, receberão todas as verbas a que têm direito nas datas previstas em lei”, diz nota da Vivante.
A empresa reforça que não tem débitos trabalhistas em aberto com quaisquer desses empregados, “tendo honrado seus compromissos assiduamente mesmo com atrasos verificados nos pagamentos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo nos últimos dois anos”.
Em nota, a Santa Casa informou que a superintendência da entidade está buscando uma solução para substituir os funcionários que prestavam serviço de limpeza a partir de janeiro, de forma a garantir a continuidade do atendimento à população. A entidade ainda não enviou resposta em relação ao atraso dos pagamentos dos profissionais da saúde.
Agência Brasil

Empresas investigadas na Lava Jato fazem acordo de leniência com MPF

Lava Jato: empresas investigadas fazem acordo de leniência
Proposta foi remetida ao juiz federal Sérgio Moro
O Ministério Público Federal (MPF) firmou acordo de leniência com seis empresas investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Elas são ligadas a Augusto Ribeiro Mendonça Neto, um dos empresários que aceitaram assinar acordo de delação premiada para relatar o pagamento de propinas em contratos com a Petrobras.
O acordo foi assinado em outubro e remetido nesta quarta (17) ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações. Conforme as cláusulas do contrato, as empresas se comprometeram a repassar ao MPF, ao Tribunal de Contas da União (TCU), à Controladoria Geral da União (CGU) e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) provas para auxiliar nas investigações de formação de cartel para fraudar licitações da Petrobras e na distribuição de vantagens ilícitas a políticos.
As empresas também se comprometeram a pagar multa compensatória de R$ 15 milhões, valor que será dividido e destinado à Petrobras e ao Fundo Penitenciário Nacional.
Em troca das informações, o MPF não vai propor ações criminais e civis com base nos fatos investigados, a partir do acordo. Os benefícios poderão ser anulados, se as empresas repassarem informações falsas ou dificultarem as investigações.
Em depoimento de delação premiada à PF e ao MPF, o empresário - que também é diretor da Toyo Setal - confessou que havia um "clube" de empreiteiras para ganhar as licitações da Petrobras. Segundo ele, as empreiteiras envolvidas no esquema participavam de um cartel para distribuir entre si os contratos com órgãos públicos. Segundo os procuradores, parte dos desvios de recursos públicos era repassada a partidos políticos pelo doleiro Alberto Youssef.

Instituto alerta para superbactéria nas praias do Flamengo e Botafogo

 Alexandre Macieira/ Riotur:

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) recomenda aos cariocas que não frequentem as praias consideradas impróprias pelos testes de balneabilidade do instituto, incluindo as do Flamengo e Botafogo, na zona sul do Rio. Estudos mostraram esta semana  a presença de uma superbactéria, resistente aos principais antibióticos. nessas praias, localizadas próximas à região da Marina da Glória, que receberá provas de vela durante os Jogos Olímpicos de 2016.
Realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos estudos identificou as superbactérias em amostras de água coletadas no Largo do Boticário (Cosme Velho), Aterro do Flamengo (antes da estação de tratamento do rio) e na foz do Rio Carioca, no ponto onde ele desagua na Praia do Flamengo. Um segundo estudo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o Inea, mostra que a bactéria também está presente nas águas da Praia de Botafogo.
Presidente do Inea, Isaura Fraga pede aos banhistas que acompanhem os testes de balneabilidade divulgados rotineiramente nosite do instituto. “Fizemos uma correlação entre nossos estudos e os da UFRJ. Comprovamos que, quando a praia está imprópria, a bactéria pode aparecer. Quando a praia está própria, ela não aparece. Dessa forma, o teste de rotina feito pelo Inea é um indicador da existência ou não da bactéria”, explicou.
Isaura ressaltou que, em razão da salinidade do ambiente, a bactéria perde agressividade quando presente no mar. Ela informou que, apesar disso, o Inea e a prefeitura do Rio acompanham hospitais da região para saber se algum deles despejou esgoto fora da rede, já que a bactéria encontrada nas praias é de ambiente hospitalar. “Também investigamos a existência de infectados em banhos de praia e não existe”, acrescentou.
De acordo com Renata Picão, microbiologista da UFRJ responsável pelo estudo, dificilmente ocorre infecção pela bactéria em pessoas com boa saúde. “A bactéria produz uma enzima chamada KPC, que a torna resistente aos principais antibióticos. Ela é problemática nos hospitais, pois os pacientes geralmente estão com o sistema imunológico debilitado. É importante frisar que ela não é agressiva. Não é o primeiro contato que vai desenvolver uma infecção”, assegurou.
Em nota, o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 informou que o local das competições de vela não será alterado. “Conversamos com especialistas do governo e da Fiocruz e, desde então, monitoramos o tema (da bactéria). O Comitê Rio 2016 criou uma força tarefa para cuidar do assunto e o grupo seguirá acompanhando muito de perto sua evolução. Grande parte do trabalho é discutir com o governo e com especialistas soluções para evitar a contaminação da água e continuar garantindo a segurança dos atletas. A questão não impõe nenhuma mudança no planejamento de eventos-testes e competições”.
Da Agência Brasil

Preso suspeito de abusar deficientes auditivos no RJ

:
A Polícia Civil do Rio indiciou por estupros de vulneráveis um professor do Instituto Nossa Senhora de Lourdes (Inosel), na Gávea, Zona Sul do Rio. Cerca de dez alunas acusaram o magistrado de abuso sexual. A identidade do suspeito não foi revelada.
A denúncia havia sito feita por pais de estudantes da escola, tido como referência no ensino para deficientes auditivos no Rio. "O inquérito foi encerrado, e o caso, relatado e encaminhado ao Ministério Público. O professor foi indiciado", afirmou o delegado Alberto Lage. As informações são d'O Globo.
A mãe de uma aluna de 10 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que sua filha chegou em casa muito nervosa. Ainda de acordo com mãe, o professor disse à menina que estava dando aula de sexologia. "Minha filha não tem idade para isso. É um absurdo", disse.
Rio 247

Crise deixa servidores de Meriti sem Natal e sem esperança

Os servidores tem protestado muito nos últimos dias, mas contam apenas consigo mesmos

...mas o clima na Câmara de Vereadores parece ser de festa permanente 
O caos que toma conta do município de São João de Meriti, afetando principalmente os servidores e os serviços básicos, parece nada representar para os vereadores da cidade. Embora o Ministério Público já tenha tomado providências, instaurando inquérito e acionando a Justiça, os "representantes do povo" limitaram-se a um pedido de informações sobre o atraso no pagamento dos salários do funcionalismo e descartam qualquer iniciativa mais firme. Se os servidores acumulam dívidas e estão diante do pior fim de ano de suas vidas, os vereadores parecem viver em outra cidade, em um lugar sem problemas de qualquer natureza. Ainda em clima de festa pela recente eleição para o cargo de presidente da Câmara Municipal, o vereador Carlos Alberto Rodrigues, o Bebeto (PHS), se mostra mais preocupado em agradar ao prefeito Sandro Matos (PDT), que em procurar saber o que de verdade está acontecendo no município, apurando os fatos e as responsabilidades.
Os problemas financeiros dos servidores se agravam a cada dia. Eles devem receber o salário de novembro na próxima semana, mas a maioria ainda não viu os contra cheques de agosto e setembro. Muitos funcionários já devem três meses de aluguel e temem pelo despejo. Há casos também de ameaça de prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia e de aposentados que tiveram o estado de saúde agravado pela falta dinheiro, mas isso não é o suficiente para sensibilizar os vereadores que, em plena crise, optaram por fazer turismo no litoral paraibano, sob a justificativa de um curso, um passeio que custou caro aos contribuintes.
Se os servidores da Prefeitura padecem um calvário a cada dia, os vereadores e seus assessores não tem do que se queixar, pois o duodécimo da Câmara, repasse constitucional, é feito sem atraso pelo prefeito Sandro Matos, que conta com o apoio da maioria absoluta. "Os vereadores não questionam de forma contundente porque não estão sendo afetados em nada. Queria ver a reação deles se os repasses não estivessem sendo feitos regularmente. A situação está insustentável e eles não esboçam a mínima reação contra esse caos", diz um servidor com mais de 20 anos de serviço e que não sabe mais o que dizer ao dono da casa de quarto, sala e cozinha na qual mora com a mulher e um casal de filhos no bairro Venda Velha.

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TRE determina nova eleição em Arraial do Cabo

Andinho perdeu seu último recurso nessa quarta-feira
Vereadora vai assumir a Prefeitura até a escolha do novo prefeito
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O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), decidiu nessa noite por uma eleição suplementar no município de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, ao manter a cassação do prefeito reeleito Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho (PMDB), e do vice, Reginaldo Mendes Leite (PT), manifestada em sentença do juízo eleitoral local, mantida em novembro em segunda instância e assegurada hoje com a rejeição de um embargo impetrado pela defesa do prefeito. Após a publicação da decisão colegiada de hoje a presidente da Câmara de Vereadores, Maria Amaral Cruz, assumirá interinamente a Prefeitura até que o novo governante seja eleito. A nova eleição será necessária porque Wanderson Brito foi reeleito com 66% dos votos válidos em 2012 e a lei determina que quando uma decisão judicial anula mais de 50% dos votos válidos, seja marcado um pleito suplementar.
Conforme o elizeupires.com noticiou no dia 9 de julho deste ano, Andinho - denunciado por compra de votos e abuso de poder político - teve o mandato cassado pela juíza Juliana Gonçalves Pontes, da 146ª Zona Eleitoral, em decisão que alcançou também o vice-prefeito. A sentença foi proferida em ação proposta pelo Ministério Público que entendeu que, em evento realizado 15 dias antes das eleições de 2012, os dois "utilizaram efetivamente a máquina administrativa municipal para a captação ilícita de sufrágio", quando entregaram certidões de quitação de débitos do IPTU a moradores de bairros carentes do município.
Esse ato, entendeu a magistrada, serviu para “induzir os eleitores a acreditarem que estariam regularizando sua posse (dos terrenos) e incentivou a manutenção da população em área de risco, pois muitos dos posseiros beneficiados estavam em área de proteção ambiental". A defesa do prefeito recorreu ao TRE e em novembro a corte manteve a decisão da juíza local, mas Andinho e o vice permaneceram no cargo por conta de um embarco de declaração que foi a julgamento hoje e derrubado em plenário.

Incêndio em galpão destrói estoque de madeiras em Petrópolis

Incêndio destruiu cartieras escolares e madeiras do galpão (Foto: Alan Pacheco/Click Digital) 
Incêndio destruiu cartieras escolares e madeiras do galpão (Foto: Alan Pacheco/Click Digital)
 
Na tarde desta quinta-feira (18) um galpão no bairro Cascatinha, em Petrópolis, Região Serrana do Rio, pegou fogo e assustou moradores do local. O incêndio destruiu todo o estoque de madeiras e carteiras escolares guardados no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas e informou que não havia ninguém no local na hora do incidente.
Segundo os bombeiros, a casa de alvenaria possui apenas um cômodo, com cerca de 50 m². Ainda não se sabe as causas do incêndio.