sábado, 17 de maio de 2014

Pesquisa: uso excessivo do Facebook pode causar alucinações

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, indica que o uso em excesso do Facebook e demais redes sociais está relacionado ao sofrimento mental. Foram acompanhados de perto três pacientes, os quais se sentiam inicialmente solitários e buscavam refúgio nas redes. 

Em um segundo momento, os relacionamento que antes eram bastante intensos pela web levaram a sentimentos de traição e a invasão de privacidade. Isso acabou gerando ansiedade, confusão e alucinações, sendo que um dos pacientes acreditava que a pessoa do outro lado da tela poderia até mesmo tocá-la. 

Vale lembrar que, mesmo que se encontrassem em situações vulneráveis em relação a perda ou separação amorosa, nenhum dos participantes tinham histórico de psicose ou uso de drogas. Eles também não apresentavam sintomas de psicopatologias antes do processo. 

O líder da pesquisa comenta que a influência da internet na vida social deve ser levada em conta nas recomendações de profissionais da área médica, os quais devem ter maior atenção para hábitos sociais de seus pacientes em relação à saúde física e mental.

Fonte: tribuna.com

Gravações de novela em Petrópolis serão investigadas pelo Ministério Público

As gravações da próxima novela da faixa nobre da Rede Globo, “Falso Brilhante”, se encerraram na manhã de hoje. Desde segunda-feira, as ruas do Centro Histórico se tornaram “set de filmagem”, palco de atuação de 100 pessoas, entre atores, diretores, figurantes e técnicos. Ontem, mais uma vez as gravações chegaram a causar pequena interdição no trânsito da Avenida barão do Rio Branco. Nada comparado ao caos da interdição da Rua Barão de Amazonas, no início dos trabalhos. Episódio este, que contou com apoio da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes – CPTrans, e que agora é alvo de representação no Ministério Público Estadual – MPE.
Ao contrário de segunda-feira, em que as gravações, combinadas duas semanas antes, pegaram de surpresa os motoristas, que ficaram presos no engarrafamento que afetou as principais ruas do Centro Histórico, ontem, na Avenida Barão do Rio Branco, o impacto da interdição foi menor. Houve congestionamento, mas pequeno e que rapidamente era dispersado pelos agentes que controlavam o trânsito.
O cenário das filmagens foi a delegacia do Retiro, a 105ª Delegacia de Polícia, que na trama “virou” a 184ªDP (unidade que não existe no estado). Na cena, em dois policiais chegavam unidade, enquanto uma das atrizes da trama aguardava na porta da delegacia. Como a filmagem aconteceu na baia de estacionamento da unidade policial, foi pequena a interferência no trânsito. Segundo o delegado titular, da vida real da unidade, foi feito um pedido pela equipe de produção da novela, este autorizado pela superintendência, na capital do estado.
Se ontem, foram poucos os transtornos causados nas gravações, não se pode dizer o mesmo de segunda-feira, quando as principais ruas do centro tiveram o trânsito parado ao longo da manhã, gerando revolta dos motoristas. Através da matéria publicada pela Tribuna, o promotor criminal do MPE, Celso Quintela, tomou conhecimento do incidente e por este motivo enviou um ofício de representação do incidente, para que o caso seja apurado pelo promotor da 2ª promotoria de tutela, Vinícius Ribeiro. “É um absurdo, que um empreendimento particular, conte com apoio de uma ferramenta pública em detrimento do cidadão. Por isso, considero necessário que o episódio seja avaliado”, explica.
Celso avalia ainda o problema do trânsito no município, alvo, segundo ele, de poucas melhorias nas últimas décadas. “É uma falta de consideração com o cidadão, principalmente porque se sabe o quão problemático é o trânsito da cidade. Ao longo das últimas décadas, praticamente não surgiram ruas novas, enquanto a frota de veículos foi crescendo a cada ano”, destaca.
Ontem, nossa equipe de reportagem tentou, sem sucesso, contato com o promotor Vinícius Ribeiro, que ainda avaliará a representação.

Vinicius Ferreira
Tribuna de Petrópolis

Etapa do Carioca de Corridas de Montanha acontece em Teresópolis

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Neste domingo, dia 18, a partir das 8h, a sede Santa Rita do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, no interior do município, será palco da IV Etapa do Campeonato Carioca de Corridas de Montanha. A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e os organizadores do Circuito Brasileiro de Corridas de Montanha definiram, após percorrer alguns pontos turísticos da cidade, que a largada da prova será no Parque Municipal.
A ideia é que participantes e familiares tenham a oportunidade de conhecer a reserva, considerada a maior unidade de proteção integral do Estado do Rio de Janeiro. A competição contará com uma prova infantil, competição simbólica onde as crianças se divertem correndo.
“Estamos montando estrutura de alojamento para abrigar os cerca de 400 participantes do circuito no Parque Municipal. Também convidamos alunos das escolas municipais próximas à sede Santa Rita para participar da prova infantil, que deverá ser realizada na Trilha do Jacu”, relata o secretário de Meio Ambiente, André de Mello. Com 890 metros de extensão, a Trilha do Jacu tem grau leve de dificuldade.
De acordo com os organizadores, dando continuidade à série de homenagens às montanhas mundiais, a etapa de Teresópolis fará referência à Ama Dablam (Mãe e Colar de Pérolas), com 6.812m, monte localizado no leste do Nepal e considerado o terceiro pico mais popular do Himalaia para expedições.
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Corridas de montanha
As corridas em montanha surgiram na Europa e sua origem se confunde com o próprio atletismo. Já são clássicas as provas como a Ultra Trail du Mont Blanc, com seus mais de 100 km percorridos em trilhas ao redor da maior montanha da Europa ocidental, e a Gore-Tex Transalpine Challenge, que tem largada na Alemanha, cruza a Suíça e termina na Itália, após uma semana de muita subida e descida por campos e trilhas. Nos Estados Unidos existe a Western States, considerada uma das ultramaratonas mais famosas, realizada em terrenos naturais.
No Brasil, a corrida de montanha é caracterizada por ocorrer em trilhas e serras, e surgiu oficialmente com a criação do Circuito Brasileiro de Corridas em Montanha, em 2004. Inicialmente, as provas eram disputadas apenas na distância de 21 km, mas em 2006, com o reconhecimento da modalidade pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), as competições tiveram seus regulamentos alinhados às regras da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) e passaram a ser disputadas também na distância de 12 km.
O Parque
Considerado a maior unidade de conservação de proteção integral, criada por município, no Estado do Rio de Janeiro, o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis foi criado pela Prefeitura no dia 6 de julho de 2009. Ocupa uma área de 4.397 hectares e abrange parte dos bairros Salaco, Posse, Granja Florestal e Campo Grande, na cidade, Santa Rita e Ponte Nova, no interior. Também faz limite com os municípios de Petrópolis e de São José do Vale do Rio Preto.
Possui em seu território uma exuberante cadeia de montanhas, com destaque para as Pedras da Tartaruga, do Camelo e do Arrieiro, além de uma área rica em fauna e flora nativas da Mata Atlântica e várias nascentes.
O Parque ainda não possui o seu plano de manejo e, portanto, não definiu o seu zoneamento. Entretanto, pela prática administrativa, está dividido em três núcleos distintos.
Parque Natural Montanhas -
Com acesso pelo bairro Salaco, o Núcleo da Pedra da Tartaruga possui trilhas sinalizadas, área para a prática de montanhismo e de acampamento. Os visitantes podem apreciar o fantástico visual, que abrange o centro urbano de Teresópolis, a Serra dos Órgãos e boa parte da topografia do interior do município.
O Núcleo Santa Rita, no 2º Distrito, conta com área para atividades de educação ambiental e trilha. O acesso se dá pela Rodovia BR-116 (Estrada Rio-Bahia), na altura do km 74, em frente à Estação de Tratamento de Água da Cedae; entra-se na Estrada de Santa Rita e segue por cerca de 8 quilômetros até a sede administrativa.
Já o Núcleo Ponte Nova não é aberto à visitação. É a área mais preservada do parque, com remanescentes florestais em estágio avançado de preservação, com pouca ação antrópica e atividade econômica no entorno onde predomina a agricultura orgânica.
Com entrada franca, a visitação acontece de segunda a domingo, sendo que no Núcleo da Pedra da Tartaruga o horário é das 8h às 17h, e no Núcleo Santa Rita, de 9h às 16h. O telefone para informações é o (21) 2741-2234. Visitas guiadas podem ser agendadas pelo e-mail parquemontanhas@teresopolis.rj.gov.br.

Fonte: Ascom/Teresópolis

Sami Mattar, o gênio autodidata, completa 60 anos de arte


Obras surrealistas do libanês que mora há quase 30 anos em Teresópolis mereceram os elogios do pintor catalão Salvador Dalí

TeRESÓPOLIS - Sami Mattar desenvolveu ao longo dos 60 anos dedicados à arte, uma técnica tamanha que dispensa a assinatura de suas obras. Pintor autodidata, é capaz de imprimir transparência digna de aquarela em óleo sobre tela para suas criações surrealistas. E elas lhe renderam elogios de Salvador Dalí, o expoente mais famoso da escola artística da temática onírica. E pensar que Mattar chegou a dormir na rua para não abdicar de seu dom.
- Eu sou libanês e filho primogênito de libaneses. Meu pai não admitia que eu fosse artista. Tinha que ser doutor ou comerciante, como ele, um grande atacadista de seda. No colégio interno, ele me proibiu de assistir às aulas de desenho - conta Sami, hoje aos 84 anos.
A revolta com a praga rogada pelo pai - “Você não vai comer pão com sua arte” - provocou a fuga. Amarrou colchas, inspirado nas escapadas cinematográficas, para deixar o internato em Sete Lagoas (MG). Pegou um trem rumo ao Rio de Janeiro, onde, pouco tempo depois, arranjou emprego como desenhista. Mas o dinheiro curto o fez, por meses, dormir no Aterro do Flamengo. Coincidência ou não, a vida seguiu a arte, pois, com a mesma inspiração que colore seus quadros, Sami parece ter guardado a vaga do Museu de Arte Moderna no Parque: ele foi construído exatamente no ponto onde o pintor dormia.
O lar, de fato, só surgiu, em 1949, após irromper a porta do diretor da revista “Vida Doméstica”, o árabe Antônio Haddad. De lá para cá, seu talento estampou revistas como “Tico-tico”, “Fatos”, “Manchete”, “Veja”, “Design Journal” e “Latin Finance Magazine”. Também foi publicitário, antes de se mudar para Teresópolis atrás da vista dos seus sonhos. Literalmente:
- Sonhei com uma árvore e fui atrás dela. Um mês depois, a encontrei e comprei a casa.
Ali conheceu a atual esposa, Silvia, com quem é casado há 37 anos, e fundou a Sociedade dos Artista de Teresópolis (Soarte). Os 31 anos de existência do grupo serão comemorados no dia 23, na Casa de Cultura Adolpho Bloch, com exposição de 15 telas, uma delas de Sami Mattar. Sobre a vivacidade que conserva e o faz produzir até hoje pelo menos três quadros por ano, ele é enfático.
- Quando a gente faz o que gosta, não envelhece - afirma, acrescentando orgulha-se de não haver prêmio que não tenha conquistado.


Fonte:Globo.com