domingo, 23 de março de 2014

Diz aí, Felipão

Ataque convoca 12 personalidades para entrevistar o técnico da seleção brasileira. Comandante mostra bom humor ao dizer que aceita dicas para tirar o bigode e até convocar Wanderlei Silva

MARTHA ESTEVES , ANA CARLA GOMES E RODRIGO STAFFORD
Rio - Enquanto Luiz Felipe Scolari fecha a sua lista final de 23 nomes para a Copa do Mundo, o ‘Ataque’ foi a campo para escalar um time de estrelas. A missão de 12 personalidades — do esporte, da tevê e da música — era incorporar o papel de repórter e entrevistar o comandante da Seleção. Felipão topou o convite e contou que ser o último técnico campeão mundial pelo Brasil lhe dá uma tranquilidade extra na busca pelo hexacampeonato. Bem-humorado, o treinador não descartou convocar o lutador de MMA Wanderlei Silva para a zaga e disse até que aceita propostas para raspar o famoso bigode.
Felipão mostrou bom humor em entrevista
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Fafá de Belém: Felipão, você foi capaz de transformar Portugal. O povo português, sempre muito reticente em relação à esperança, vestiu-se dela a partir de um comando positivo seu. Eu vi, eu estava lá. Como é possível manter o controle e o pulso sobre nossos meninos em um país como o nosso que tem um técnico por metro quadrado? (risos)
Felipão: Os atletas convocados até este momento souberam ter controle e aceitam os conselhos que passamos. Escolherei o meu grupo dentro das minhas convicções e seguirei o que meus conhecimentos me indicarem.
Bernardinho: A Copa das Confederações foi um grande teste para a nossa seleção, com êxito absoluto. Mas sabemos que a Copa do Mundo tem um nível de exigência bem maior. Como blindar o grupo para que não haja perda de foco e dispersão e que, portanto, jogar em casa não se torne uma armadilha?
Felipão: Sei que em alguns momentos deveremos estar mais atentos por jogarmos em casa, por isso tenho muita ajuda da Dra. Regina Brandão (psicóloga que trabalhará com a Seleção), das pessoas da comissão técnica mais experientes e também tentarei ter o apoio da mídia para aliviar essa pressão.
Foto:  Arte: Nei Lima / O DIA
Cesar Cielo: Quanto tempo você gasta estudando as outras equipes (vídeos, estudo das jogadas...)?
Felipão: Não posso precisar em horas, mas começo muito tempo antes as análises e vou repassando nos treinos aos atletas e, nos dias que antecedem ao jogo, concentro ainda mais em pequenos detalhes.
Thalita Rebouças: Como eu, você tem um carinho especial por Portugal e sei que os portugas adoram você. Do que mais você tem saudades de lá?
Felipão: Tenho saudades de tudo e de todos em Portugal. Foi maravilhoso ter vivido essa experiência e ter um novo país em meu coração.
Juninho Paulista: Se o Brasil for campeão do mundo, você topa tirar o bigode?
Felipão: Não tenho autorização para raspar o bigode, mas vamos estudar propostas.
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Wanderlei Silva: Ainda tem vaga para zagueiro? Já fechou o grupo no setor defensivo? Se tiver vaga, quando eu posso me apresentar e quais documentos preciso levar? Identidade e CPF, só? (risos)
Felipão: Ainda estamos fechando o nosso grupo e, se realmente jogar uma bola muito boa, tem vaga.
Fabi: Na Olimpíada de 2016, a seleção brasileira de vôlei terá a mesma experiência que vocês terão na Copa do Mundo: a de jogar em casa. Você prevê uma pressão maior por jogar no nosso país ou por ser o último técnico campeão mundial pelo Brasil?
Felipão: Como estamos seguindo um bom planejamento, as coisas estão tranquilas. Ser o último campeão do mundo pelo Brasil me deixa ainda mais tranquilo, pois Fabi, assim como vocês, tenho um grande time e eles são feras.
Zico: Quem você acredita que possam ser os piores adversários: os europeus ou os sul-americanos?
Felipão: Sempre os adversários tradicionais, incluindo aí os sul-americanos.
Marcius Melhem: Imagine que, numa situação difícil, você já tem uma opinião formada, mas a comissão técnica tem outra posição. Nesse caso, você mantém a sua decisão ou vai pela maioria, seguindo a opinião dos seus companheiros?
Felipão: Ouço e muito minha comissão técnica, mas quem tem que decidir sou eu e assumir.
Bebeto: Você acha que é preciso mais um meia de ligação no elenco além do Oscar? Se ele machucar, qual o seu plano?
Felipão: Já tenho muitos jogadores para o meio-campo e eles são bons.
Miá Mello :Você acredita que o caos no trânsito, o aumento de roubos e furtos e as manifestações podem atrapalhar o bom andamento da Copa do Mundo?
Felipão: Naturalmente que todos que aqui vierem não gostariam que nada de errado lhes acontecesse, mas o nosso país é igual aos outros países e situações erradas também já as tivemos em outros lugares e países.
Arthur Zanetti: Você perde o sono na véspera de um jogo importante?
Felipão: Não perco um minuto do meu sono.

O Dia

Procon suspende venda de leite no Estado do Rio

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Procon-RJ, órgão ligado à Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor, determinou nesta sexta-feira (21) a suspensão da venda de três marcas de leite em todo Estado do Rio: Elegê, Líder e Parmalat. A decisão foi tomada após o Ministério Público do Rio Grande do Sul divulgar que os leites podem ter sido processados com matéria-prima contaminada com formol.
Na quinta-feira (20), os comerciantes da cidade do Rio já haviam sido proibidos de vender o leite Elegê, por suspeitas de que remessas do produto estariam estragadas.
A BRF, empresa detentora da Elegê, e a LBR, responsável pelas marcas Líder e Parmalat, já foram notificadas pelo Procon-RJ e deverão realizar exames de amostras de todos os lotes de seus produtos que estiverem à venda no Estado. Os testes serão realizados pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Somente após os resultados, caso sejam aprovados, os leites poderão ser novamente comercializados no Rio.