quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Casas de Acolhimento: Qualidade de Vida para Crianças e Idosos de Magé

Unidade Institucional Futuro Feliz, a Casa de Passagem e o abrigo para idosos Lar São Vicente de Paula. 
O município de Magé conta com três instituições que oferecem dignidade e qualidade de vida aos cidadãos em situação de risco. São elas: Unidade Institucional Futuro Feliz, a Casa de Passagem e o abrigo para idosos Lar São Vicente de Paula.
30-07-2013- Abrigo Futuro feliz (1)Garantir que os direitos fundamentais das crianças e adolescentes sejam respeitados, dar amor, proteção, educação e ensinar a viver em sociedade é a missão cotidiana dos 40 profissionais que atuam na Unidade de Acolhimento Institucional Futuro Feliz, localizada no bairro Murimárcia, no sexto distrito do município.
A Unidade é a única no estado do Rio de Janeiro, segundo a coordenadora da casa, Maria de Fátima Barbosa Abreu, a abrigar menores de ambos os sexos com idades entre 0 e 17 anos. São enviados à instituição menores de todo o município que estejam em situação de risco.
“Para cá vêm crianças que tenham pais dependentes químicos, que sofram qualquer tipo de violência, que perderam o vínculo familiar, ou seja, àqueles que tenham seus direitos básicos violados”, esclarece Fátima. Os bebês abandonados nos hospitais e em outros locais também são levados para a Unidade Acolhedora Futuro Feliz.
Antes de o menor ser enviado ao abrigo são feitas inúmeras tentativas de reestabelecimento dos laços familiares. De acordo com Fátima Abreu, os agentes do Conselho Tutelar municipal buscam avós, tios, irmãos maiores e outros membros da família que possam garantir amparo à criança sob risco. Quando não é possível reconstituir os laços familiares, a criança é encaminhada para adoção.
Abrigo em Maurimarcia (O abrigo é mantido pela Prefeitura de Magé, através da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. E, para oferecer qualidade de vida às crianças, busca parceria com os demais órgãos da estrutura municipal. “Contamos com total apoio da Educação, da Saúde e do Conselho Tutelar. E todos os dias procuramos meios para conscientizar a população que o abrigo é municipal, mas a responsabilidade de prover o bem-estar das crianças e adolescentes é de toda sociedade civil”, ressalta Fátima.
A unidade conta com uma estrutura de quartos, banheiros e salas de TVs separados, área de menina e de menino, sala de jogos, parquinho, refeitório e áreas de livre circulação comum para todos e, para garantir a boa convivência, estabelece regras, como não haver namoro entre os acolhidos, todos cuidam de seus pertences, ajudam na limpeza, nada de palavrões e outras.
Além do espaço físico, a instituição conta com uma equipe de 40 profissionais, entre assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, nutricionista, educadores, cozinheiras, professores de educação física e de reforço escolar e motorista.
Moradores de rua ganham nova chance
Já a Casa de Passagem é um abrigo temporário para adultos que estão vivendo nas ruas, por qualquer motivo, e para aqueles cujas moradias estejam sob ameaça de desabamento. O tempo de permanência no local é de até três meses.
Neste período, a psicóloga, a terapeuta ocupacional e as assistentes sociais promovem trabalhos de grupos nos quais dão orientações sobre higiene pessoal, tratam os problemas que afligem os internos, ensinam artesanato e, a depender do caso, dão orientação e apoio para que os abrigados concluam os estudos e busquem uma formação profissional.
Segundo a coordenadora da unidade, a assistente social Ísis Eccard, muitas pessoas ligam exigindo que os funcionários da instituição recolham pessoas nas ruas, no entanto ela esclarece que este não é o papel da Casa.
“A Casa de Passagem é opcional. Há regras para viver aqui e não podemos manter ninguém contra sua vontade. É importante que a sociedade entenda isso. Até porque não podemos nos propor a reinserir pessoas no convívio social e mantê-las segregadas em um lugar”, esclarece ela.
Para garantir a disciplina no local foram estabelecidas normas, tais como não portar nem consumir álcool e drogas, cuidar dos objetos pessoais, ajudar na manutenção da casa, manter o respeito e a cordialidade, dentre outras.
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Idosos também têm seus direitos assegurados
O lar para idosos São Vicente de Paula, localizado no Conjunto Anchieta, BNH, no Centro, 1º distrito de Magé, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que existe há aproximadamente 20 anos e atende pessoas de ambos os sexos a partir dos 65 anos.
Hoje, a Casa abriga 40 idosos, 20 homens e 20 mulheres, entre 65 e 94 anos. De acordo com a diretora do Lar, Vilma Ferreira, a unidade é mantida por doações, pelos benefícios dos idosos, que geralmente é de um salário mínimo, e recebe o apoio da prefeitura municipal. “A prefeitura cobre toda parte de atendimento médico, remédios e compra de mantimentos grandes, como carne e frango”, explicou.
Segundo a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, é obrigação da administração municipal auxiliar as entidades sem fins lucrativos que prestem serviço de relevância fundamental, é o caso do amparo a idosos, quando não há uma instituição que forneça o mesmo atendimento na estrutura pública.

A História pede socorro

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Em ruínas. Na esquina entre as ruas Marechal Floriano Peixoto e Alberto Torres, o maior exemplo de descaso
Foto: Felipe Hanower

Em Petrópolis, diversos casarões tombados estão abandonados e correm risco de ruir

 O município de Petrópolis, cujo título de Cidade Imperial ajuda a aquecer o turismo e a economia, padece do mal de não cuidar de seu patrimônio. A herança que deveria ser preservada com muito zelo é muitas vezes deixada ao léu. Segundo a presidente da Associação de Moradores e Amigos de Petrópolis (AMA-Petrópolis), Myriam Born, casarões históricos espalhados por diversos bairros da cidade encontram-se em mau estado de conservação.
Dentre eles, a organização acredita que 17 imóveis corram mais risco de ruir. De acordo com Myriam, a AMA-Petrópolis entregou a lista completa de todos eles ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) há dois anos, mas, nenhuma medida de precaução foi tomada.
— O crescimento desordenado da cidade e a especulação imobiliária têm feito com que as construtoras derrubem prédios históricos para levantarem construções de quinta categoria. Estamos perdendo, aos poucos, as características urbanísticas da cidade, e ninguém toma uma providência — reclama Myriam.
Entre os exemplos, é possível citar o prédio da Comissão Municipal de Atuação Comunitária de Petrópolis (Comac), cujas pinturas do período romântico europeu estão desbotadas ou apagadas; o castelinho da Rua Visconde de Souza Franco; e uma casa na esquina das ruas Marechal Floriano Peixoto e Alberto Torres, esta já bastante deteriorada.
Iphan diz que vistoria os imóveis
Um dos imóveis que merecem mais atenção dos órgãos competentes, no julgamento da AMA-Petrópolis, é a Casa Franklin Sampaio, na Praça da Liberdade. O imóvel onde viveu o monsenhor Bacelar, capelão da família imperial, está com janelas quebradas e outros sinais de abandono. Há seis anos, a Firjan tentou comprar o imóvel para restaurá-lo, mas a família não chegou a um acordo com a federação das indústrias.
Segundo vizinhos que não quiseram se identificar, o imóvel já foi invadido diversas vezes de madrugada, por ladrões. Para a chefe do escritório técnico do Iphan na Região Serrana, Erika Machado, o maior problema é a falta de conservação por parte dos proprietários.
— O dono só não é obrigado a manter o imóvel quando comprova que não tem condições financeiras de fazê-lo. Vistoriamos todos os 17 imóveis citados pela AMA, e oito se encontravam sob investigação do Ministério Público Federal. Estamos aguardando o resultado dos processos. A Casa do Barão de Mauá, o Palácio de Cristal e a Fábrica de São Pedro de Alcântara passam por restauração.


NATASHA MAZZACAR

Trilha Caminhos da Serra do Mar sera inaugurada na quinta, dia 15

O percurso, que passa pelas cidades de Magé, Petrópolis e Teresópolis, tem 170 quilômetros

Trabalho. Equipe do parque em campo para mapear e fazer ajustes nas trilhas: desde abril
TERCEIRO / DIVULGAÇÃO

Trabalho. Equipe do parque em campo para mapear e fazer ajustes nas trilhas: desde abril
Foto: Terceiro / DivulgaçãoA trilha Caminhos da Serra do Mar, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), será inaugurada quinta-feira. Com cerca de 170 quilômetros, o percurso abrange os municípios de Magé, Petrópolis e Teresópolis e, na verdade, é uma junção de quatro trilhas que já existem: Caminho do Ouro; Cobiçado Ventania; Caxambu; e a travessia Petrópolis-Teresópolis.
Leandro Goulart, chefe do Parnaso, lembra que, desde abril, vêm sendo feitos o mapeamento das trilhas e pequenos ajustes na sinalização. O trajeto completo dura seis dias, sendo que o visitante pode escolher apenas algumas das etapas.
— Cada uma tem um grau de dificuldade e exige diferentes equipamentos. Na segunda etapa, há poucos pontos de água. Por isso, recomendamos que o visitante leve no mínimo três litros. A última é a mais pesada e dura três dias. Os participantes são obrigados a terminá-la, pois não há área de escape durante o trajeto — explica.
No caminho, os visitantes encontram atrativos naturais, como cachoeiras e uma vasta biodiversidade, além de elementos históricos, como o caminho de pedra, a antiga linha férrea e a primeira estrada pavimentada do país.
Os interessados em participar da primeira travessia na nova trilha, dia 15, devem enviar e-mail com nome e as etapas que pretendem percorrer para caminhosdaserradomar@gmail.com. Confirmada a inscrição, o participante receberá um outro e-mail com os detalhes do ponto de encontro, o trajeto do passeio e o que é preciso levar. Essa etapa é gratuita, sendo necessário pagar apenas pelo último percurso, na parte alta do parque, no valor de R$ 40.

Fonte:Globo Serra