sábado, 5 de janeiro de 2013


Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula

O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal.



O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.
A acção interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança Social a reformados entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.
A missiva avisava os reformados que um convénio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito directamente nas reformas.
 Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.
Para o Ministério Público, não há dúvida de que Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas e é igualmente acusado na acção, usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e que a acção do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a acção foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.

Produtores gourmets criam polo cervejeiro em

 Nova Friburgo
Circuito que reúne fabricantes de rótulos artesanais da cidade deve sair do papel em abril deste ano

Tradicionalmente conhecida pela indústria têxtil, Nova Friburgo está prestes a ganhar um novo rótulo: o de produtora de cervejas gourmets e artesanais. Segundo o presidente do Convention & Visitors Bureau e sócio do restaurante Trilhas do Araçari, Flávio Stern, a ideia é criar um polo cervejeiro reunindo os pequenos produtores e oferecer ao público novas razões para visitar a cidade: degustações, cursos de fabricação personalizada de cerveja e visitas às fábricas.
O projeto foi batizado de Circuito Bier Gourmet, e a expectativa é que os fabricantes estejam organizados e prontos para receber visitantes na segunda quinzena de abril.
— Em 1970, já havia um fabricante de cerveja artesanal em Mury. Há mais ou menos 10 anos, notamos uma mudança de perfil, uma reeducação no modo de beber. As pessoas deixaram de consumir em quantidade, optando pela qualidade. Em Friburgo, temos quatro fabricantes muito tradicionais: o Ranz Bier, o Braün & Braün, o Barão e o Rock Valley, cada um produzindo cerca de três mil litros por mês — conta.
O Trilhas do Araçari começou a vender cervejas artesanais há um ano e tem até um rótulo especial: Sabores da Horta, com 7% de teor alcoólico, feito com coentro, gengibre e alecrim. Colonizada por suíços e alemães, Friburgo tem ainda diversos restaurantes onde se pode degustar pratos típicos acompanhados de cervejas geladas.
Jorge Bräuninger, proprietário do Braün & Braün e um dos primeiros na região a projetar um lugar especializado em cervejas, está animado com a iniciativa. Seu restaurante, com loja e delicatessen, tem 210 opções na carta, incluindo o rótulo próprio da casa, nos estilos pilsen e premium.


Fonte:globo.com/serra/


Corpo de menina morta por bala 


perdida no Rio é enterrado


Mãe de Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, desmaiou no velório.
Atendimento no hospital demorou por falta de especialista, diz secretaria.


O corpo da menina Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, que esperou oito horas por atendimento após ser baleada na noite de Natal, foi enterrado na tarde deste sábado (5) no cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio, como mostrou o RJTV. Adrielly, que já havia tido morte cerebral,faleceu na tarde desta sexta-feira (4).
Inconsolável, Adriana dos Santos, mãe da menina, passou mal durante o velório e não conseguiu acompanhar o sepultamento. Marco Antônio Bentim, o pai, também sentiu-se mal e teve que ser amparado por parentes e amigos.
"Quando chega em casa todo o dia, esse médico tem a mulher e as filhas. Eu queria saber o que ele está sentindo agora, neste momento. Porque ele acabou com a felicidade e a alegria de uma criança e conseguiu destruir duas famílias ao mesmo tempo", disse Marco Antônio.
Durante o sepultamento, a ONG Rio de Paz reuniu parentes de vítimas da violência e manifestou repúdio à impunidade e à falta de assistência. "O poder público falhou duas vezes: no campo da segurança pública e no campo da saúde. E nós, como membro da sociedade civil, não podemos deixar passar em branco um crime como esse", destacou Antônio Carlos Costa, fundador da ONG.
Demora
A demora no atendimento à Adrielly aconteceu porque o neurocirurgião Adão Orlando Crespo Gonçalves, escalado para o plantão no Hospital Salgado Filho, no Méier, no Subúrbio do Rio, onde a menina fora socorrida, faltou ao trabalho. À polícia, o chefe dos neurocirurgiões afirmou que havia ordenado ao médico Adão Crespo que não o fizesse.
Em depoimento à polícia, Adão Crespo disse que vinha faltando aos plantões um mês antes do Natal por discordar da forma como a escala é feita. E contou que telefonou ao chefe avisando que faltaria. Ele foi afastado temporariamente das funções.
A polícia já ouviu outras quatro pessoas, e investiga se houve omissão de socorro à menina. Um inquérito administrativo foi aberto.