terça-feira, 9 de julho de 2013

Magé na Lista de Prioridade para Receber Novos Médicos

A medida faz parte do programa ‘Mais Médicos’, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff.

Estudantes de Medicina de faculdades públicas e privadas terão que atender durante dois anos pacientes nos serviços de urgência e emergência de hospitais públicos e postos de saúde para obter o diploma. A exigência valerá só para os que ingressarem nos cursos a partir de 2015. Hoje, médicos se formam com seis anos como clínicos gerais e podem fazer, no mínimo, mais dois anos de residência ou não. Com a mudança, a duração do curso sobe para oito anos. Os dois anos a mais valerão como residência em Atenção Básica. Nesse período, os alunos vão receber bolsa-auxílio do governo.
A medida faz parte do programa ‘Mais Médicos’, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff, em Brasília,que prevê a contratação até setembro de 10 mil médicos brasileiros e estrangeiros para atuar no interior do país e periferias das grandes cidades. Eles receberão R$ 10 mil e terão direito a moradia, alimentação e transporte. Quem for trabalhar na Amazônia receberá R$ 30 mil de ajuda de custo; R$ 20 mil para o Nordeste, Centro-Oeste (com exceção do Distrito Federal) e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; e de R$ 10 mil nas capitais, Regiões Metropolitanas e DF.
Com o pacote, o número de médicos subirá de 374.550 para 599.732 em 2026. A prioridade será dada a médicos brasileiros formados no Brasil; no exterior; e, em último caso, a estrangeiros que falem português. Municípios terão 14 dias para aderir ao programa, e os médicos deverão informar a cidade para onde querem ir.
Os profissionais vão assinar contrato com o Ministério da Saúde, que ficará responsável pelo pagamento do salário. Pelo acordo, terão que trabalhar por, pelo menos, três anos no município.Antes de ir a campo, os estrangeiros serão avaliados por três semanas em universidades brasileiras. No período, serão acompanhados por professores universitários.
O pacote, o primeiro ‘pacto pelo país’ dos cinco anunciados por Dilma a sair do papel, inclui a abertura de 11 mil vagas na graduação e 12 mil vagas em residência médica para formar especialistas que faltam, como pediatras, neurologistas, ortopedistas, anestesistas e cardiologistas.
Dilma tentou acalmar os médicos brasileiros. “Ninguém precisa temer, jamais tiraria emprego de nossos profissionais ou arriscaria a saúde da população. Estrangeiros só vão ocupar as vagas não preenchidas”, enfatizou. Com o serviço obrigatório, a estimativa é o ingresso de 20,5 mil médicos no SUS. “Esse aumento será sentido em 2022, quando os médicos estarão formados”, diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Reforço de gente para a Baixada

Pelo menos oito municípios fluminenses estão na lista de prioridades do governo para receber os novos médicos estrangeiros. São eles: Duque de Caxias, Guapimirim, Japeri, Magé, Paracambi, Queimados, Seropédica e a capital (áreas carentes). No país, há 1.290 municípios com carência de profissionais. Qualquer cidade que possua, no mínimo, um posto de saúde em áreas carentes poderá se inscrever.

Doutores já criticam plano

Em nota, quatro entidades de classe questionam a eficácia das medidas do governo. Garantem que o problema da saúde pública não é falta de profissionais, mas a distribuição desigual e infraestrutura precária nas unidades. As entidades, entre elas o Conselho Federal de Medicina, vão questionar as ações na Justiça, e a Federação Nacional dos Médicos ameaça com greve geral.
Para tentar diminuir a resistência das associações contrárias à importação de médicos, o governo vai investir R$ 2 bilhões até 2017 para erguer 14 hospitais e R$ 7,4 bilhões na compra de equipamentos para postos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais. Municípios terão que aparelhar seus postos de saúde.
“A Medicina não pode ser sacerdócio. Em muitas cidades, não há água nos postos para lavar as mãos”, critica Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira.
O CRONOGRAMA HOJE
Serão publicadas a Medida Provisória (MP), da portaria e dos editais ligados ao programa ‘Mais médicos’.
DE HOJE A 22 DE JULHO
Cidades que têm carência de médicos podem aderir ao programa lançado pela presidenta em Brasília.
DE HOJE A 25 DE JULHO
Médicos brasileiros e estrangeiros devem se inscrever.
DE AMANHÃ A 26 DE JULHO
Médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior devem apresentar declaração de inscrição nos consulados e embaixadas de seus países.
26 DE JULHO
Publicação das vagas disponíveis em cada cidade.
26 a 28 DE JULHO
Médicos escolhem em que cidade querem trabalhar.
1º DE AGOSTO
Sai publicado o resultado provisório da relação de médicos brasileiros.
5 DE AGOSTO
Sai publicado o resultado final no Diário Oficial.
6 DE AGOSTO
São divulgadas as vagas que restam para médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior.
6 a 8 DE AGOSTO
Médicos estrangeiros e brasileiros formados em outros países escolhem cidades e oficializam participação. Todos são obrigados a ficar no programa por três anos.
13 DE AGOSTO
Sai publicada a relação de médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior.
26 DE AGOSTO
Início da capacitação dos médicos estrangeiros.
2 DE SETEMBRO
Início das atividades dos médicos brasileiros.
18 DE SETEMBRO

Justiça condena servidores e empresas que fraudavam licitações em Nova Friburgo



Após uma ação movida pelo Ministério Público Federal, a Justiça Federal condenou seis servidores públicos e quatro empresas do ramo de alimentação por fraudarem licitações do Programa Nacional de Alimentação Escolar, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, entre 1999 e 2000. A 1ª Vara Federal bloqueou os bens dos acusados, para garantir a devolução de cerca de R$ 13 milhões.


Fonte: EXTRA

Friburgo: pesadelo dos desabrigados não tem fim

Moradores denunciam  problemas nas casas entregues pelo governo 


A auxiliar de produção, Roseli da Silva Andrade, perdeu a sua casa e tudo que havia nela nas fortes chuvas que caíram sobre Nova Friburgo no fatídico 12 de janeiro de 2011. Depois de passar por abrigos e casas de amigos, ela pensou que a paz finalmente fosse reinar após receber o seu imóvel através do programa habitacional do governo de estado, criado para atender os desabrigados na tragédia da Região Serrana. Mas o pesadelo de Roseli e de outras 50 famílias favorecidas com as primeiras unidades inauguradas, há dois meses, no Conjunto Parque das Flores, em Conselheiro Paulino, parece longe de acabar. Os imóveis foram entregues com graves problemas estruturais e os moradores reclamam da falta de iluminação, dos vazamentos de água nos cômodos das casas, dos horários restritos dos ônibus e da distância entre o conjunto habitacional e os pontos dos coletivos.
Segundo o coordenador do Fórum Popular e Sindical de Nova Friburgo, Edil Nunes, a entidade recebe inúmeras reclamações dos moradores do Parque das Flores, que relatam graves problemas estruturais nas unidades.

Cláudia FreitasJB

Portador de doença reumática terá acesso a remédio pela tabela do SUS


 O Ministério da Saúde incluiu medicamento para tratamento de doenças reumáticas na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com portaria publicada na edição de hoje (8) do Diário Oficial da União, passa a integrar a lista o naproxeno 250 miligramas e 500 miligramas, por comprimido. O remédio é um anti-inflamatório com ação analgésica e antitérmica.
As doenças reumáticas, ao contrário do senso comum, não apresentam como sintomas apenas dores ósseas ou nas articulações, mas, também, em outros órgãos, como rins, olhos, pulmões e pele. A estimativa é que 30 milhões de brasileiros sofram de doenças reumáticas, dos quais 10% deles de artrite reumatoide.
A relação com os todos os procedimentos contemplados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, estratégia do Ministério da Saúde que prevê acesso a medicamentos no âmbito do SUS, é definida pela Portaria GM/MS Nº2981. A lista é elaborada a partir da assessoria da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão colegiado de caráter permanente, integrante da estrutura regimental do Ministério da Saúde, responsável pelo processo administrativo para incorporação, exclusão e alteração de tecnologias em saúde pelo SUS.

Fonte:Agência Brasil