quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Cinco oficiais da cúpula da Saúde da PM são exonerados

Cinco oficiais da cúpula da Saúde da Polícia Militar foram exonerados do cargo, como consta no Boletim 199 da Polícia Militar publicado nesta quarta-feira. O escândalo de mais de R$ 16 milhões de fraudes é investigado pela PM, pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio.
Os coronéis Cléber dos Santos Martins, da Diretoria Geral de Administração e Finanças (DGAF), Alberto Alves Borges, da Diretoria Geral de Saúde (DGS), Sérgio Sardinha, do Hospital da Polícia Militar de Niterói, e Armando Porto Carreiro de Souza, do Hospital Central da Polícia Militar, vão para a Diretoria Geral de Pessoal, a chamada “geladeira”.
Já o coronel Alexandre Augusto Brito de Aragão foi promovido. Ele deixa a diretoria da Policlínica de Olaria e assume a DGS no lugar de Alberto Alves Borges.

Investigação
Oito inquéritos já foram abertos na área de Saúde da corporação. Contratos com quatro empresas são os principais alvos. Ninguém acha, por exemplo, 18 mil kits para testes imunológicos, comprados por R$ 1,7 milhão. Os tentáculos das fraudes são tão grandes que foi detectado o sumiço de 8.823 kits de curativos.
A compra foi de R$ 1,3 milhão, mas o que está no estoque não passa de R$ 764 mil. Os investigadores descobriram que no esquema há ‘saldo de utilização para troca’. Ou seja, o que era comprado não era entregue e ficava como uma espécie de crédito.
As maiores irregularidades estão nos dois grandes hospitais da PM, no Estácio e em Niterói. A previsão de que a fraude chegaria a R$ 16 milhões já foi para o espaço.
Teia da bandalheira
Quanto mais se apura, mais bandalheiras aparecem. Ninguém sabe e ninguém viu 1.607 dos 4.600 kits cirúrgicos comprados pelo Hospital Central. E tudo isso só em 2014. Agora a corporação vai começar a auditar os contratos de 2012 e 2013. E pretende ir até 2010.
 
Postado por: Adriana Cruz / O Dia

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