domingo, 24 de março de 2013


Aparelho do Censo é usado para combater dengue no RJ.

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Os equipamentos de coleta de dados do Censo começaram a ser usados no combate à dengue. Desde o mês passado, agentes de endemias de três municípios fluminenses – Magé, Duque de Caxias e Nova Iguaçu – têm feito registro em tempo real das visitas domésticas em busca de focos do mosquito transmissor da doença. A intenção da Secretaria Estadual de Saúde é dar agilidade na elaboração de relatórios e montar um banco de dados que permita localizar as áreas de maior e menor incidência da doença.
Com base nos resultados, caberá às prefeituras traçar ações emergenciais e, quando necessário, reorganizar a distribuição de agentes para dar prioridade às áreas críticas. De 1º de janeiro até 16 de março deste ano, foram notificados 53.072 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro, com duas mortes, em Magé e Volta Redonda. No mesmo período de 2012, houve 40.172 casos notificados e seis mortes. Dos 92 municípios, 35 estão em epidemia, com mais de 300 casos por cem mil habitantes.
Os aparelhos de coleta de dados foram cedidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, em troca, os agentes de endemias atualizarão a base censitária, confirmando ou alterando informações sobre as residências e estabelecimentos comerciais que visitam. "Desenvolvemos um programa para que as informações de cada casa já cheguem georreferenciadas, indicando a localização exata. E o banco de dados permitirá priorizar uma determinada área e diminuir ou aumentar o número de vistas em cada região", diz o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

Atualmente, os registros dos agentes de endemias são feitos à mão e processados apenas uma vez por semana e, com o novo sistema, as atualizações poderão ser diárias. "Teremos maior agilidade e maior fidedignidade dos dados", diz Chieppe. Desde o lançamento do programa, inédito no País, no início do ano, 65 municípios pediram adesão ao sistema e receberão os aparelhos de coleta de dados nas próximas semanas. Nos três primeiros municípios, foram distribuídos 600 aparelhos. A expectativa é de que cada um dos dez mil agentes de endemias do Estado tenha um aparelho para registro em tempo real.

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