sexta-feira, 25 de julho de 2014

Laqueadura de trompas é moeda forte no mercado de votos da Baixada

Doméstica de Belford Roxo já conseguiu a sua. São 16 votos na família
Em 2010 veio à tona o caso de Maximiliana Maria Romão Sá. Ela contou em inquérito policial que foi submetida a laqueadura numa unidade particular de Belford Roxo mesmo grávida de quatro meses
A doméstica M.A.S. tem 31 anos e três filhos, um menino de oito e as gêmeas de cinco. Mora com as crianças e o marido, um carroceiro de 32, numa rua insalubre de um dos bairros mais pobres de Belford Roxo, um grande mercado de compra e venda de votos na Baixada Fluminense, região pobre do estado do Rio de Janeiro. Contando com os irmãos, pais, sogros e cunhados, são 16 votos na família e esses já têm dono: um candidato a deputado estadual que, em troca, vai garantir a ela uma cirurgia de laqueadura de trompas, procedimento que já está marcado para agosto.”Uma amiga me aconselhou a procurar o `deputado´ ele vai me `ligar´ para eu não ter mais filhos”, conta. “Ligar”, na linguagem popular, é fazer uma cirurgia para a esterilização voluntária definitiva, na qual as trompas da mulher são amarradas ou cortadas.

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