sexta-feira, 3 de maio de 2013


Vítimas das chuvas em Petrópolis, RJ, recebem aluguel social

Benefício começou a ser pago nesta sexta-feira (3) para 250 famílias.
Início do pagamento teve transtornos.


Fila aluguel social petropolis (Foto: Andressa Canejo/G1)A fila começou a ser feita às 5h e antes das 8h30 já tomava grande parte da calçada (Andressa Cane)
Confusão e tumulto marcaram o início do pagamento do aluguel social para as vítimas da chuva de março em Petrópolis, Região Serrana do Rio. O benefício começou a ser pago na manhã desta sexta-feira (3) na agência do Banco do Brasil (na rua Paulo Barbosa) e reuniu mais de 200 pessoas que aguardavam o pagamento desde às 5h numa fila com cerca de 300 metros. Marcado para às 8h30, o benefício começou a ser pago às 9h20 e logo acalmou as famílias que esperavam, mas que no fim, conseguiram retirar o valor de R$ 500.
 

pagamento aluguel social petropolis (Foto: Andressa Canejo/G1)Confusão no início do pagamento. Em pouco tempo o atendimento foi normalizado (Andressa Canejo)
No início da manhã, a fila aumentava e muitas pessoas não tinham a certeza se o benefício seria de fato liberado. Funcionários da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) orientavam as famílias, que com o atraso ficaram inseguras se sairiam com o dinheiro. Este era o caso da manicure Patrícia Zachr, de 30 anos, que teve sua casa interditada e já está na moradia. “Meu aluguel vence hoje, se não sair o dinheiro, vou ter que voltar para a minha casa com minhas duas filhas e ainda correr o risco de um novo acidente e do Conselho Tutelar tirar as minhas filhas de mim”, lamentou.

maria aparecida furtado dos santos  (Foto: Andressa Canejo/G1)
Maria Aparecida foi uma das primeiras a receber o
benefício ( Andressa Canejo)
A manicure morava na comunidade do Sítio do Pica-Pau, no bairro Dr. Thouzet, e sua casa foi interditada por estar com o muro rachado e ainda duas casas que ameaçam cair sobre a sua. Patrícia conseguiu toda a documentação necessária para a retirada do benefício, como o laudo da Defesa Civil e a vistoria da nova moradia no mesmo bairro, e aguardava ansiosa para o pagamento. “Consegui receber direitinho e agora vou para casa pagar meu aluguel”. A costureira Maria Aparecida dos Santos foi uma das primeiras a chegar na fila, às 5h, e a receber o aluguel social. “Vou correndo agora para o trabalho e depois pagar o aluguel”.

O secretário da Setrac, Jorge Maia, lembrou que as 250 famílias que estavam aptas a receber o benefício nesta sexta se enquadravam em todos os critérios exigidos. “São famílias que já conseguiram o laudo da DC, a casa para alugar, já está com a vistoria na mão. Elas cumprem as normas necessárias para receber o aluguel social”, enfatizou. O secretário destacou ainda que no próximo mês o atendimento será mais tranquilo. “A partir do próximo mês as famílias estarão com o cartão magnético para fazer o saque no caixa eletrônico. E hoje, por conta do atraso e para resolver o problema, o pagamento será feito durante todo o dia, não até às 10h como seria”, pontuou.

Algumas famílias ainda não conseguiram o benefício

Cerca de 150 famílias ainda não conseguiram toda a documentação necessária para a liberação do benefício. Em alguns casos, no entanto, parte da papelada está reunida à espera, apenas, da vistoria da nova moradia. É o que aguarda a diarista Cristiane Denelwou, de 32 anos, que tem o laudo da Defesa Civil informando que sua casa e mais duas (da mãe e da irmã) que ficam no mesmo terreno estão em área de risco e apresentam rachaduras no quintal e precisam de um muro de contenção.

Segundo a diarista, ela conseguiu uma casa para alugar, procurou a Setrac com o laudo e pediu a vistoria da nova moradia, mas foi negada. “O que me falaram na Setrac é que o secretário ia na minha casa para ver se ela estava mesmo em área de risco para ver se eu podia ou não receber o aluguel social. Mas a Defesa Civil que tem que ver isso e viu, tanto é que tenho o laudo”, lamentou Cristiane, que afirma que vai procurar a Defensoria Pública para solucionar seu caso.

Procurado , a respeito do caso de Cristiane, o secretário da Setrac, Jorge Maia, afirmou que "todas as famílias que tiverem os critérios técnicos e sociais exigidos para receber o aluguel social, com certeza vão receber".

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