quinta-feira, 20 de março de 2014

Vereadores solicitam medidas para desafogar a saúde


A Sessão desta terça-feira ainda contou com a presença do Presidente da Câmara de vereadores do município de Petrópolis, o político Paulo Igor do PMDB. O edil foi convidado a compor a mesa durante os trabalhos
A Sessão desta terça-feira ainda contou com a presença do Presidente da Câmara de vereadores do município de Petrópolis, o político Paulo Igor do PMDB. O edil foi convidado a compor a mesa durante os trabalhos

- Demora na liberação de procedimentos e sobrecarga de equipes médicas estariam comprometendo todo o sistema público municipal


A situação delicada da saúde no município de Teresópolis foi o tema principal das discussões nesta terça-feira, 18, durante a sessão ordinária do Legislativo da cidade. O problema é tão grave, que o próprio líder da base do governo na Câmara, Dr. Carlão, foi autor de uma moção solicitando a realização de um completo mutirão para combater a demora na marcação de consultas e outros procedimentos que hoje ultrapassam a barreira dos seis meses para serem agendados no sistema público de saúde. Acompanhado por outros edis, o peemedebista citou também o serviço de tomografia móvel e também o evento similar realizado há dois anos. Mas não foram só apoios ao governista que vieram da plenária, na verdade, muitas críticas a desorganização e falta de estrutura chegaram a reboque da proposta.
O líder da bancada governista na Casa, foi o responsável pela indicação, através de moção, da necessidade de realização de um mutirão na área da saúde em nosso município. Carlão disse já ter iniciado o processo junto com o prefeito
O líder da bancada governista na Casa, foi o responsável pela indicação, através de moção, da necessidade de realização de um mutirão na área da saúde em nosso município. Carlão disse já ter iniciado o processo junto com o prefeito

Poucas discussões

Em uma reunião marcada por poucas discussões e proposições pontuais, em grande parte com a leitura de pareceres das comissões acerca de projetos do executivo, a questão da desorganização da saúde foi mesmo a tônica dos trabalhos. O próprio líder do governo foi o responsável pelo início da discussão, com a apresentação de sua moção solicitando ao prefeito que fizesse o mutirão. “estamos tentando reeditar aquilo que fizemos em anos anteriores quando fizemos um esforço concentrado para zerar procedimentos como consultas, pequenos procedimentos cirúrgicos e outras demandas da saúde do município. É muito comum, nós médicos presenciarmos na cidade as pessoas que marcam as suas consultas e esperam por quatro, cinco, seis meses, e não obtém respostas sobre as solicitações. O volume é tão significativo de pessoas com consultadas em atraso e com pequenas cirurgias em espera, que talvez seja justificada essa inciativa de tentar colocar em dia esses procedimentos para a população. Por isso, peço a ajuda do secretaria e do prefeito para podermos colocar em prática tal mutirão”, explicou Carlão.
Também médico, como Carlão, o vereador Antônio Francisco levantou uma questão importante durante as discussões, a realização de um concurso público com vagas para a área da saúde em Teresópolis
Também médico, como Carlão, o vereador Antônio Francisco levantou uma questão importante durante as discussões, a realização de um concurso público com vagas para a área da saúde em Teresópolis

Conversa com hospitais

O líder do governo ainda informou que o próprio prefeito já iniciou um processo de conversa e entendimento com os hospitais e com as instituições que englobam o atendimento médico do SUS, para que o mutirão possa sair do papel e virar uma ferramenta para a área. Já o companheiro de plenário, e também médico Antônio Francisco lembrou da necessidade de realização de um concurso público para a área da saúde em nosso município.
“Senhores vereadores, não é de hoje que venho falando da necessidade de se realizar um concurso público para a área de saúde em nossa cidade. O quadro da saúde em nosso município está envelhecendo, os funcionários estão se aposentando e não há uma renovação nos quadros. Precisamos conter esse processo o quanto antes, senão não teremos como evitar essas sobrecargas e atrasos nas consultas e procedimentos. Também não é demais lembrar que os vencimentos precisam ser dignos, para que esses profissionais queiram ficar aqui. Sem condições de trabalho fica difícil manter um profissional na cidade”, lamentou Antônio Francisco.

Desorganização administrativa

Sem perder a chance de abordar o quadro de desorganização da atual administração do município, o vereador Claudio Mello justificou o seu voto com a seguinte constatação: “sem organização administrativa, não há possibilidade de melhoria no sistema”. O petista acusou o governo Arlei Rosa de não investir em estrutura administrativa que possibilite a prestação do serviço para a população com qualidade. “Eu não sou contrário ao mutirão, sobretudo nesse momento, mas ele representa um atestado de incompetência de gestão. Se de dois em dois anos tem que fazer mutirão para corrigir atrasos e demoras excessivas é sinal que a administração está falhando de forma grave. Falta planejamento por parte do governo. O que nós precisamos é de mais médicos e não mutirões todos os anos. Se está atrasando o atendimento é porque essa organização do sistema é falha. Não é possível continuar fazendo mutirões e tapando o sol com a peneira. Mais médicos e com salários dignos”, disse Claudio.
Outro edil que também costuma se colocar sempre nas questões que envolvem o atendimento médico é o vereador Da Ponte, que lembrou da falta de médicos na UPA e da precariedade dos postos de saúde pelos bairros. “Senhores é uma vergonha o que está acontecendo na cidade. se não fosse nossa subsecretária de saúde hoje ir para a UPA fazer o atendimento na unidade, estaríamos mais um dia sem a oferta de pediatra naquele local. Há dias não podíamos contar com esse atendimento em diversos locais da cidade. Isso é absurdo! Agora mesmo que vou continuar indo aos postos e fiscalizando esses locais. Sempre que precisar vou a UPA para verificar como o nosso cidadão está sendo atendido. Quem não gostou que venha para cima!”, finalizou Da Ponte.

Fonte: Netdiaio

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