O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Afonso 
Arinos de Mello Franco Neto, afirmou nesta sexta-feira (7) que os 
desafios do ajuste fiscal são estruturais, entre eles as despesas 
previdenciárias. Ele participou, no Rio de Janeiro, do encerramento do 
seminário A Agenda de Crescimento do Brasil, na Fundação Getulio Vargas,
De
 acordo com o secretário, essas despesas precisam de solução urgente. “A
 Previdência tem aspectos conhecidos de longo prazo”. Segundo ele, o 
problema deveria ser abordado logo, usando a oportunidade como forma de 
contribuir para o ajuste fiscal, “sem problema cíclico". Ele destacou 
que  a criação de uma boa perspectiva para o futuro “ajuda no resultado 
do ajuste fiscal no presente”.
Afonso Arinos lembrou que existem  
estudos de vários ministérios, novos e antigos, sobre o problema e disse
 que a equipe do Ministério da Fazenda não trabalha em qualquer proposta
 específica sobre a Previdência para encaminhar ao Congresso.
"O 
cenário do déficit da Previdência é previsível e não é muito bom. Ele 
está crescendo e é cada vez mais urgente uma solução definitiva para 
ele", alertou o secretário. Para ele, do ponto de vista técnico, são 
muitas e difíceis as maneiras de viabilizar uma solução no Congresso 
Nacional. Afonso Arinos lembrou que, em 2011, 7,1% da população 
brasileira tinham mais de 65 anos e o país gastava 11% do Produto 
Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país)
 com aposentadorias e pensões, enquanto nações com os mesmos resultados 
demográficos apresentavam gastos equivalentes a 4% do PIB.
Na 
opinião do secretário, entre os fatores que provocam o aumento das 
despesas previdenciárias no Brasil estão a desaposentação e a regra de 
pagamento de benefícios conhecida como 85/95, em que a soma da idade e 
do tempo mínimo de contribuição deve ser igual a 85 pontos ou mais para 
as mulheres e a 95 ou mais pontos para os homens. Afonso Arinos 
acrescentou que o ajuste fiscal é parte de crescimento do Brasil e que o
 objetivo é colocar o país "de novo no caminho do crescimento”.
Fonte: Jornal do Brasil 
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