terça-feira, 13 de agosto de 2013

Brasil Constrói Primeiro Submarino Nuclear, em Itaguaí (RJ)

O investimento no projeto até 2017 beira os R$ 8 bilhões.
DILMA3-p  O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil vai colocar o país em um novo patamar internacional. A avaliação é do ministro da Defesa, Celso Amorim, após visitar as instalações da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), localizada no município de Itaguaí, a 70 quilômetros do Rio de Janeiro.
“O Brasil será um dos pouquíssimos países com a capacidade de produzir, inclusive, submarino [a propulsão] nuclear, o que nos coloca no patamar, também importante, do ponto de vista das relações internacionais”, assegurou.
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Amorim lembrou que a presidenta Dilma Rousseff tem afirmado que é “tendo uma defesa forte que nós podemos desenvolver uma política pacífica, sendo capaz de defender nossos interesses”. Segundo o ministro, o Prosub consiste num marco para o país, pois representa a “materialização de um projeto de grande importância”, que vai culminar com a capacidade do Brasil de construir e projetar, no futuro, submarinos.
Nas palavras de Amorim, dispor de um recurso tão valioso, num país de vasta costa, com grande necessidade de defesa, inclusive no Atlântico sul – onde estão as rotas brasileiras de exportações e importações – é “um grande salto de qualidade”.
A Marinha do Brasil está construindo o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear. As peças estão chegando da França.
Um submarino, aquela arma de guerra discreta que passa despercebida debaixo d´água, também é capaz de transformar paisagens. Em uma área de 750 mil metros quadrados, no município de Itaguaí, Baixada Fluminense, um estaleiro e uma base naval estão sendo construídos.
A intenção é que, até 2017, tudo esteja pronto. O investimento no projeto até lá beira os R$ 8 bilhões. Ao todo, o Brasil vai fabricar cinco submarinos: quatro convencionais e um com propulsão nuclear, que só deve ser usado pela Marinha a partir de 2025.
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Um deles até que já tem cara de submarino. As primeiras peças acabaram de chegar da Europa e ainda recebem os últimos retoques. Mas cair na água para a fase de testes só em 2015.
Esse projeto começou a ser sonhado pela Marinha na década de 1970. Mas o programa de desenvolvimento de submarinos só veio à tona em 2008, quando Brasil e França assinaram um contrato. Pelo acordo, algumas partes dos submarinos são fabricadas na França, com a participação de profissionais brasileiros.
Mais de 200 brasileiros já foram treinados pelos franceses e outros continuam aprendendo o processo de fabricação.  Mas a Marinha garante: a parceria não vai além disso.
“Toda a transferência de tecnologia, de construção, tudo isso vem dos franceses, exceto a parte nuclear, que é inteiramente brasileira”, explica o coordenador do programa de submarinos, almirante Gilberto Max Hirschfeld.
Embora o combustível do submarino seja nuclear, as armas não serão.
Só de olhar as primeiras peças, já dá para perceber que se trata de uma estrutura e tanto. Depois de prontos, os submarinos convencionais vão pesar 1,7 toneladas, e o submarino nuclear, seis toneladas. Mas essas robustas máquinas de guerra também dependem de muita sensibilidade.
E não estamos falando da alta tecnologia que vai embarcada. Chegando perto, a gente vê que a chapa de aço, além de especial, é absolutamente lisa, sem imperfeições, que poderiam afetar a estabilidade e a velocidade do veículo mais rápido do fundo do mar.
Fonte: Poder Naval

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