quarta-feira, 12 de junho de 2013

Trabalho infantil diminui, mas ainda afeta 3,7 milhões de crianças no Brasil

Dois em cada três são homens, e maioria está ocupada nas grandes cidades do País

Nordeste concentra 1,3 milhão de crianças que trabalham no BrasilAgência Brasil
O número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que trabalham no Brasil diminuiu, mas o País ainda tinha 3,7 milhões de meninos e meninas em atividades econômicas ilegais em 2011. Os dados fazem parte do estudo O Trabalho Infantil Doméstico no Brasil, divulgado pelo FNPETI (Fórum Nacional para a Erradicação do Trabalho Infantil) nesta quarta-feira (12).
O contingente de crianças que trabalham representa 8,6% do total da população desta faixa etária — havia 42,7 milhões de jovens entre 5 e 17 anos no Brasil em 2011. O número melhorou, já que, em 2008, havia 4,5 milhões de crianças e adolescentes inseridas no trabalho infantil no País.
O estudo leva em conta dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2008 e 2011, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A maioria dos jovens enquadrados no trabalho infantil está no Nordeste, onde quase 1,3 milhão de meninos e meninas trabalham. O número equivale a 9,7% da população entre 5 a 17 anos da região. O Sudeste está no segundo lugar do ranking, com quase 1,1 milhão de crianças na labuta — 6,6% do total de crianças e adolescentes de até 17 anos da região.
O Sul vem na terceira colocação, com 592 mil crianças e adolescentes que trabalham — 10,6% do total. Outros 488,7 mil meninos e meninas trabalham no Sul, ou seja, 10,8% do total dessa população na região. Por fim, 231 mil (7,4%) crianças e adolescentes do Centro-Oeste trabalham.
Sexo e raça
Dois em cada três brasileiros com idade entre 5 e 17 anos ocupados no Brasil são homens. São 2,4 milhões de meninos (66,5%) e 1,2 milhão de meninas (33,5%) do sexo feminino. Entre 2008 e 2011, houve um aumento do número de crianças e adolescentes ocupados em ambos os sexos no Amazonas e em Roraima.
Já no Amapá, Maranhão e Piauí, ocorreu um crescimento do número de meninos ocupados, enquanto subiu o número de meninas trabalhando nos Estados de Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Quanto à raça, seis em cada dez crianças e adolescentes ocupados no Brasil em 2011 eram negros (pretos ou pardos, segundo classificação do IBGE). Isso representa um contingente de 2,2 milhões de pessoas. Por outro lado, 40% do total, ou 1,5 milhão de jovens até 17 anos, eram brancos, índios e amarelos.
A maioria das crianças incluídas no estudo sobre trabalho infantil está nas cidades. Segundo o IBGE, em 2011, 2,3 milhões (62,8%) dos trabalhadores com idade entre 5 e 17 anos estavam em áreas urbanas, enquanto 1,7 milhão (37,2%) estava no campo.
Educação
A maior parte das crianças e adolescentes brasileiros, segundo o IBGE, apenas estudava. São 37,1 milhões de jovens (86,9%) entre 5 e 17 anos na escola.
Outros 3 milhões de meninos e meninas trabalhavam e estudavam, o que corresponde a 6,9% do total. Por fim, 721 mil crianças só trabalhavam em 2011, de acordo com o IBGE.
Cuidados do lar
Uma das formas mais comuns de exploração do trabalho infantil, as tarefa doméstica é prática comum para 18,5 milhões de crianças e adolescentes, segundo dados de 2011. Em 2008, eram 19 milhões.

Fonte: R7

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