quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Acesso a Maringá, em Itatiaia, será 

pavimentado com asfalto ecológico


Obra de pavimentação na estrada vai custar cerca de R$ 11 milhões



Dificuldade. Ônibus trafega na estrada de Maringá, que será pavimentada após o carnaval
Foto: Divulgação
Dificuldade. Ônibus trafega na estrada de Maringá, que será pavimentada após o carnavalDIVULGAÇÃO

- Só faltavam cinco quilômetros. Depois do asfaltamento da RJ-151 entre Capelinha e Visconde de Mauá, distrito de Resende, na Região do Médio Paraíba, inaugurado em dezembro de 2011, os turistas que procuram Maringá, em Itatiaia, ainda percorriam essa distância em estrada de terra, esburacada no calor, enlameada na chuva. Mas o problema vai ser resolvido a partir da semana que vem com a complementação do asfaltamento.
Na obra, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) vai usar o asfalto-borracha, a mesma tecnologia usada na pavimentação da RJ-122 (Guapimirim-Cachoeiras de Macacu), na Região Serrana. O chamado asfalto ecológico já se tornou referência para o mundo. A pavimentação dos 35 quilômetros da RJ-122 rendeu o Prêmio Mundial de Melhor Obra, da Federação Internacional de Rodovias, na categoria manutenção e restauração. O material tem durabilidade 50% maior do que a do asfalto convencional, com um custo 30% menor.
Orçada em R$ 11 milhões, a obra da estradinha de Maringá, inserida no Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), inclui drenagem, pavimentação,contenção de encostas e sinalização viária. A conclusão está prevista para o segundo semestre deste ano. A pavimentação da estrada de Maringá a Maromba, de pouco mais de três quilômetros, completará o plano, mas será feita em outra etapa a ser ainda licitada.
— Os técnicos pesquisaram por cinco anos e os resultados superaram as expectativas. O asfalto comum dura, no máximo, 10 anos e o asfalto-borracha, 20. Ele diminui o ruído da roda na superfície e o espaço de frenagem também é menor — explica o presidente do DER, Henrique Ribeiro.
Secretária de Turismo de Itatiaia, Roberta Oliveira aposta no desenvolvimento do turismo em Maringá e região com a chegada do asfalto ecológico:
— As melhorias na estrada são importantes porque permitirá ao turista circular com mais rapidez e segurança e desfrutar melhor dos atrativos das vilas de Mauá, Maringá e Maromba, que compõem a região turística de Visconde de Mauá — disse a secretária de Turismo de Itataia, Roberta de Oliveira.
Dono do Pro Nobis, restaurante que funciona há quase dois anos, Sérgio Vales, de 40 anos, disse que a obra não vai beneficiar diretamente seu negócio, que fica em Mauá:
— Mas como morador, nascido e criado aqui, sempre ouvi reclamações. É um benefício para a comunidade e vai ajudar no desenvolvimento do turismo.
Sérgio ressalta que o asfaltamento pode até desafogar Maringá, que de tão saturada já merece do estado, na sua opinião, um estudo sobre a possibilidade de limitar e controlar o acesso dos turistas.
— Os turistas fazem uma certa confusão, porque chamam Maringá de Mauá e são duas coisas diferentes. Antes ambas as localidades pertenciam a Resende, mas desde que Itatiaia deixou de ser distrito de Resende, em 1988, e passou a ser município independente, ficou com Maringá – explica Sérgio.
A professora Valéria de Souza, de 50 anos, moradora de Volta Redonda, passou o primeiro fim de semana de janeiro em Mauá, mas não pôde ir a Maringá porque choveu e foi desaconselhada a pegar a estrada.
— Além disso, o trânsito estava uma loucura na vez anterior em que estive lá, em 2011. Aprovo totalmente essa ideia de limitar o acesso de turistas. A rua principal é estreita e não comporta trânsito em duas mãos e ainda com estacionamento.





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