sexta-feira, 11 de janeiro de 2013


Dois anos após tragédia no RJ, acessos ainda estão comprometidos

Mais de 900 pessoas morreram em janeiro de 2011 na Região Serrana.
Até hoje, acessos às comunidade rurais não foram recuperados.


O município de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, é o maior produtor de hortaliças do estado, mas em janeiro de 2011, os tons de verde, comuns por lá, foram substituídos pela lama.
Cerca de 3500 agricultores tiveram suas vidas afetadas pelas fortes chuvas que atingiram a região, plantações inteiras foram arrastadas. A água levou o solo e transportou as pedras do leito dos rios para as áreas de plantio.
Apesar dos esforços dos produtores, ainda há muito para ser feito. A maior dificuldade dos produtores de Teresópolis hoje é fazer o escoamento da produção. A chuva de 2011 provocou buracos enormes e como as estradas não foram recuperadas, à medida que chove, a erosão aumenta.
A dificuldade de acesso também causa problemas em Trajano de Moraes, outro município que faz parte da Região Serrana do Rio. A ponte, único jeito de chegar à comunidade, foi destruída pela enchente. A única alternativa agora é usar a balsa e a passarela que foram improvisadas pela comunidade.
Há dois anos é preciso se arriscar para chegar às casas e escoar a produção. De manhã, o leite precisa chegar ao reservatório, que fica do outro lado. Todos os dias é assim.
Dificuldade também para levar as compras para casa, para ir ao médico, a vida no campo ficou mais difícil. Quem ainda insiste em ficar, reclama.
O governo do estado informa que contratou a construção de 20 pontes nos municípios de Bom Jardim, Nova FriburgoPetrópolis, Areal e Teresópolis. Dez já estão com as obras concluídas, outras oito ficarão prontas até o final de janeiro e as últimas duas serão finalizadas em fevereiro.
Outras 42 pontes estão em fase de licitação e de projetos no DER, Departamento de Estradas e Rodagem do Rio de Janeiro, entre elas a que liga São Sebastião do Alto a Trajano de Moraes.
Ocimar Teixeira, técnico agrícola da Emater, explica como alguns agricultores conseguiram se recuperar. Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.

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