terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Moradores de Petrópolis reclamam de ações de vândalos no Centro
Equipe de reportagem percorreu a região na semana passada e encontrou danos em boa parte do mobiliário urbano

Mau estado. Poste de luz com fiação exposta e uma das luminárias quebradas na Rua do Imperador Foto: Felipe Hanower
Mau estado. Poste de luz com fiação exposta e uma das luminárias quebradas na Rua do ImperadorFELIPE HANOWER
O vandalismo é um problema crônico no Centro Histórico de Petrópolis. Bancos, luminárias e lixeiras, entre outros equipamentos, precisam ser substituídos frequentemente pela prefeitura. O GLOBO percorreu a área na semana passada e encontrou danos em boa parte do mobiliário urbano.
As lixeiras parecem ser o alvo preferido dos vândalos. Elas foram arrancadas ou quebradas em vários pontos da Rua do Imperador. Na mesma via, telefones públicos também foram destruídos ou tirados de cabines.
— Fizeram cabines de telefone diferenciadas para a rua. Elas ficaram lindas, mas pouco tempo depois de instaladas já estavam rabiscadas, com anúncios colados. O cúmulo foi o roubo dos aparelhos — reclama a aposentada Clélia Pereira.
Ainda na Rua do Imperador, postes de luz têm a fiação exposta e algumas luminárias estão quebradas.
— A Rua do Imperador é o cartão de visita de Petrópolis. Acho um absurdo termos esse local em péssimo estado. Isso depõe contra nossa cidade e afasta os turistas — diz a advogada Maria Aparecida de Oliveira.
Na Praça Dom Pedro, um banco está com o encosto quebrado e acabou se transformando numa armadilha para quem se senta.
Segundo o vendedor Carlos Damião, o problema é que funcionários da prefeitura costumam encaixar o encosto no banco, e a pessoa que se senta corre o risco de sofrer um acidente, já que ele continua solto.
— O banco está assim há meses e, qualquer hora dessas, pode acontecer um acidente. O perigo é maior para crianças e idosos, que vêm em grande número à praça — alerta Damião.
Questão é antiga, diz associação
Segundo Myriam Born, presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Centro Histórico (Ama-Centro Histórico), o vandalismo é um problema antigo, tratado com descaso por autoridades.
— Não se vê qualquer projeto voltado para solucionar essa questão. Uma cidade turística tem de estar impecável — afirma.
De acordo com a prefeitura, uma média de 50 lixeiras são danificadas por mês, sendo que cada unidade custa R$ 140 cada. Em relação às coletoras maiores, fixas, a média é de cinco incendiadas por semana, com um custo de R$ 2 mil cada. A assessoria não informou sobre a realização de projetos para coibir esse tipo de crime.

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