quarta-feira, 9 de julho de 2014

Após gravação de programa, estádio do Friburguense passará por reparos



Longas filas no entorno do estádio e arquibancadas lotadas. O Eduardo Guinle viveu uma manhã semelhante ao dia de um jogo de futebol de grande porte na última quinta-feira, 3. A equipe do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, gravou um dos quadros da atração, o “Lata Velha”, na casa do Tricolor da Serra. A gravação se transformou em evento e reuniu pouco mais de duas mil pessoas. Houve um princípio de tumultuo do lado de fora do estádio, pelo fato de apenas mil pessoas terem sido liberadas para acompanhar de perto o trabalho de Luciano Huck. O apresentador, inclusive, interferiu com o pedido para que todos pudessem ser acomodados nas arquibancadas do Eduardo Guinle.

Gravação do programa aconteceu na última semana. (Foto: Vinícius Gastin)
Gravação do programa aconteceu na última semana. (Foto: Vinícius Gastin)

O último grande evento no principal estádio da cidade foi realizado em janeiro deste ano. Friburguense e Flamengo se enfrentaram em Nova Friburgo e, à época, pouco mais de 3 mil ingressos foram comercializados. A quantidade limitada — abaixo da capacidade do Eduardo Guinle — foi estipulada após vistoria do Corpo de Bombeiros, sob a justificativa de garantir a segurança dos torcedores e atender ao plano de escape previsto em lei. Para a gravação do programa, foram liberadas inicialmente a entrada de mil pessoas.
“A gente estranha que no último grande evento, o jogo contra o Flamengo, nós conseguimos uma liberação e sobrou bastante espaço. A Prefeitura, junto ao Corpo de Bombeiros e a produção do programa pediram o espaço e no primeiro momento ficou tumultuado”, analisa o gerente de futebol do Friburguense, José Siqueira.
Apesar do questionamento, o dirigente afirma que em momento algum se posicionou contra a realização do evento.
“Particularmente, acho que o evento é a cara da cidade. Muita gente questionou o fato de eu emprestar o campo, pela questão do gramado. Não é todo dia que o município recebe um evento como esse. Estamos fazendo a nossa parte e nós gostamos sempre de ver o estádio cheio, assim como estava. Claro que prejudica um pouco o campo, mas nada que uma semana de reparos não resolva.”
Ainda à noite, parte da estrutura permanecia no gramado do estádio. (Foto: Vinícius Gastin)
Ainda à noite, parte da estrutura permanecia no gramado do estádio. (Foto: Vinícius Gastin)

O cenário montado pela produção do programa dentro do estádio, de fato, gerou danos ao gramado. Os carros circularam pelo espaço, e algumas estruturas metálicas foram colocadas no campo. Siqueira minimiza o fato, e garante que o clube vai arcar com os prejuízos.
“O mais importante é a gente definir o que é bom para Nova Friburgo. Não só pela gravação desse programa, mas também outros eventos que possam acontecer. Além de ceder o espaço, nós vamos arcar com os custos da recuperação do gramado.”
Quanto à possibilidade de aproveitar o evento para divulgar o Friburguense, o gerente de futebol não acredita em retorno para o clube.
“Acho que é mais pela cidade. Para o Friburguense não interfere muito. Dentro do mundo do futebol é diferente. Claro que quando você cede o espaço o nome é comentado, mas é um estádio para a prática do futebol e que recebe atividades durante o ano todo. Esse foi um evento que envolveu o povão, algo cultural promovido por um programa sério, de credibilidade e que tem um grande ídolo apresentando. Mas em termos de divulgação, pra gente, não muda muito. Pode ser até negativo, por estarmos usando um estádio de futebol para outros fins”, avalia.


Por Vinícius Gastin

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