segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

MP vai investigar contrato milionário em Itaboraí

Se a Câmara de Vereadores não faz o dever de casa a promotoria fará
Helil vai ter que explicar ao MP, por exemplo, porque dobrou o faturamento do Inase
De nada adiantou os vereadores de Itaboraí for- marem uma barreira de proteção ao prefeito Helil Car- dozo (PMDB), fechando os olhos para as denúncias de irregularidades envolvendo o gasto do dinheiro público, o que estaria causando sérios danos aos cofres da muni- cipalidade, com o dinheiro do contribuinte escoando fá- cil pelos ralos da irresponsabilidade. O elizeupires.com foi informado de que, a exemplo do que ocorre desde fevereiro na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a atuação do Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase) - que já recebeu mais de R$ 100 milhões para “administrar” o Hospital Municipal De- sembargador Leal Júnior - no município de Itaboraí, será alvo de um procedimento investigatório, que poderá resultar numa ação civil pública contra Helil e o ex-pre- feito Sergio Soares, responsável pela contratação do ins- tituto, mesmo sem a comprovação da competência técnica.A contratação do Inase tem sido alvo de várias denúncias, mas os membros da Câmara Municipal vem ignorando todas, optando por fecharem os olhos e ouvidos, virando as costas para a população que os elegeu. “Essa Câmara nunca serviu para nada e não vai ser agora que vai prestar para alguma. Temos lá 15 `come-e-dorme´ voltados apenas para os próprios interesses, mas quem tem um Ministério Público atuante não depende dessa raça para nada”, disparou o funcionário público estadual Juscelino dos Santos Braga, revoltado com o que vem acontecendo no município.Conforme o elizeupires.com já noticiou, o Inase está sendo alvo de uma ação civil pública na comarca de Mossoró, onde foi contratado pelo governo do estado do Rio Grande do Norte para administrar Hospital Estadual Parteira Maria Correia, por R$ 28.592.078,21. A ação foi proposta pelos promotores de Justiça Paulo Batista Lopes Neto, Afonso de Ligório Bezerra Júnior, Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida, Flávio Sérgio de Souza Pontes Filho e Giovanni Rosado Diógenes Paiva. Segundo eles, o Inase, que se apresenta como Organização Social, “é uma empresa de fato, cujos sócios se reúnem às vésperas e modificam o seu ato constitutivo com o fim de viabilizarem interesses mercantis”.Durante toda a semana passada o elizeupires.com tentou saber da Câmara Municipal se os membros da Casa vão fazer alguma coisa para esclarecer os pontos obscuros da contratação do Inase e o fato de o prefeito Helil Cardozo ter dobrado o faturamento do instituto, mas não obteve nenhuma resposta, ficando claro que os vereadores não estão mesmo interessados em levarem a efeito o dever de fiscalizar os atos do prefeito, defendido no Legislativo por uma tropa de choque comandada pelos vereadores Deoclécio Machado e Lucas Borges.



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