terça-feira, 27 de agosto de 2013

Estrada Velha Estrela

A História dessa estrada confunde-se com a História do Brasil, mais precisamente com o Império. 
Devido ao clima atrativo, D. Pedro II fundou Petrópolis e ofereceu aos seus habitantes e visitantes a primeira estrada pavimentada do país. Por ali o imperador e sua família viajavam sempre à Cidade Imperial.
Iniciando o seu percurso na Vila Inhomirim (Raiz da Serra – Magé, RJ), a Serra Velha Estrela apresenta ao visitante uma imensa oportunidade de vislumbrar o belo. São 14 km de emoção, alegria, fé e Cultura.
As montanhas dão um espetáculo a parte, apresentando-se majestosa como a realeza que durante o séculos esteve presente na alma brasileira…
… Deixando a tudo com a rara sensação de esplendor.
Preservação (mesmo que poder público se omita regularmente) é o clamor de todos que amam a Natureza.
A solidariedade também esta presente num programa de assistência aos dependentes químicos, que funciona através da filantropia e tem a coordenação da Igreja Católica.

A força do trabalho, na fábricas, durante séculos movimentou a economia do lugar, dando emprego, formando e até escravizando pessoas. Tudo em nome do progresso.

O início do boom econômico começou com a criação, pelo Barão de Capanema, da Fábrica de Papel; Com o fim da primeira, foi erguida a Fábrica Manufatura de linha Estrela;
E finalmente a Companhia de Tecidos Cometa.
As fábricas que ali funcionavam empregavam adultos, jovens e até menores de idade de ambos os sexos.
A jornada de trabalho era longa (12 horas diárias para todos e quem se recusasse era punido). Em dos maiores batalhadores pelas oito horas de de expediente foi o tecelão Oscar Vianna (Companhia de Tecidos Cometa).
A estrada também comportou um Estação Ferroviária, a “Meio da Serra” (inaugurada em 1883 e desativada em 1964). É o nome como é conhecida também a localidade entre Raiz da Serra (Magé) e Petrópolis.
A religiosidade é outra força daqueles 14 mil metros. Diversas religiões têm seus templos e espaços para a prática da fé.
Igrejas, Centros, Barracões e Terreiro das afro religiões estão espalhados em toda sua extensão, elevando a espiritualidade de seus membros e frequentadores.
Mas toda essa riqueza cultural não seria possível se as pessoas não fossem atuantes e amassem o lugar. Não energizassem, não alimentassem com vida as comunidades que vivem em toda sua extensão.
São historiadores, aposentados, estudantes, comerciantes…
… Gente simples, da fé e dedicada…
… Bom vivants, poetas…
Assim é a Serra Velha Estrela, uma junção de tantas coisas maravilhosas que o resultado é a ‘Doce Vida’.
(Agradecimentos especiais Célio Roberto Gastalbo, pelas informações precisas para que eu pudesse produzir essa matéria).
Postado por Guará Matos em Comunicação e Informação, cultura

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