quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Lixo se acumula em vários pontos da cidade


Ponte que dá acesso à Ilha Caxangá é exemplo do acúmulo de lixo causado pelo sumiço da coleta e é atrativo para bichos e insetos
Ponte que dá acesso à Beira Linha é exemplo do acúmulo de lixo causado pelo sumiço da coleta e é atrativo para bichos e insetos

- Moradores reclamam de infestação de ratos e baratas por conta da sujeira abandonada

O acúmulo de lixo em vários pontos da cidade está revoltando muitos moradores que reclamam da sujeira e do mau cheiro que atraem bichos para as portas das casas. A falta de um recolhimento regular e de máquinas que deveriam fazer o serviço está comprometendo até mesmo a segurança e a qualidade de vida dos moradores em vários bairros. Há lugares em que os moradores se queixam de que a coleta não é feita há duas semanas.
Nossa reportagem visitou os locais onde a insatisfação é maior e demonstrou que o lixo se espalha sem controle e a situação só piora com os maus hábitos de quem joga lixo e entulhos de qualquer maneira. O problema teria piorado desde a última semana porque caminhões e máquinas que faziam a coleta foram deslocados para trabalhar no terreno onde ocorreu a Festa do Cavalo em Vieira.

Ponte que dá acesso à Ilha Caxangá é exemplo do acúmulo de lixo causado pelo sumiço da coleta e é atrativo para bichos e insetos
Até televisão foi jogada na rua de entrada do bairro Pimentel

Calçadas e praças entulhadas

Calçadas e praças ficam tomadas por muito lixo e impedem que os moradores possam se locomover em locais públicos e podem até multiplicar o número de animais e insetos que propagam doenças.
Na Rua Manoel Carreiro Mello, entrada do Pimentel, além do lixo caseiro, muito entulho, restos de podas de árvores e até uma televisão tomam contam conta da calçada. O local onde o lixo é jogado já foi alvo de reclamação por conta do despejo que é feito por pessoas vindas de outros lugares. Como essa prática continua, a deficiência do serviço de coleta prejudica vários moradores que ficam ao redor: “Tem mais de quinze dias que ninguém vem pegar. Está uma quantidade imensa de ratos que entram no quintal porque não tiram o lixo, vem gente de todos os lugares e jogam o lixo aí. Olha como está isso, moscas, ratos, baratas e até uma televisão. Tinha pára-choque de carro aqui essa semana. Eu não sei mais o que fazer, já reclamei, já pedi lá para o prefeito para tirar isso daqui, mas ninguém faz nada. Gasta milhões para fazer festa e usar os carros que recolhem lixo na festa de Vieira. Porque não botam os carros para trabalhar aqui ao invés de mandar para a festa?”, reclamou a moradora que ainda ameaçou que se o recolhimento não for feito o quanto antes, ela vai levar todo o lixo para a porta da prefeitura.

Lixeira no Rosário atende a uma grande comunidade e a demora para a coleta aparecer faz com que o material comece a transbordar
Lixeira no Rosário atende a uma grande comunidade e a demora para a coleta aparecer faz com que o material comece a transbordar

Acúmulo no Rosário

Já no Rosário, na Rua José Bandeira Vianna, o espaço que é destinado ao despejo do lixo da comunidade, a situação também é de grande acúmulo e a população se queixa da falta de regularidade do serviço que não aparece com a freqüência que deveria. Constantemente aparecem moradores jogando as sacolas de lixo e a situação tende a se agravar, já que o espaço não comporta uma grande quantidade de material e também há queixas de ratos e baratas se proliferando e invadindo casas.
Na Rua Mato Grosso, no Barroso, a quantidade de entulho despejado no meio da rua é impressionante. Se de um lado a prefeitura não tem prestado o serviço como deveria, as pessoas que jogam móveis e aparelhos eletrônicos no meio rua sem se preocupar com o incômodo que causa. A soma do descaso com a falta de consciência de alguns moradores causa um resultado que impressiona negativamente.

Funcionários da prefeitura precisam improvisar para conseguir recolher o lixo porque máquinas foram deslocadas para festa
Funcionários da prefeitura precisam improvisar para conseguir recolher o lixo porque máquinas foram deslocadas para festa

Equipamento inadequado

Um caminhão de coleta da prefeitura foi até o local para retirar o lixo, mas não possuía o equipamento adequado, já que esse serviço deveria ser feito por um caminhão de caçamba aberta junto com uma máquina, que estaria desfalcando o atendimento por estar em Vieira.
Na Rua Santa Cecília, o problema com a falta de coleta de lixo afeta até o lazer das crianças da comunidade, já que o lixou se espalhou de tal forma que avança para a praça onde as crianças brincam, bem ao lado dos latões em que o lixo deve ser depositado. Lá animas como cachorros e cavalos ajudam a espalhar a sujeira para todo lado e piorar a situação na comunidade.
Na Ilha do Caxangá, uma situação semelhante e tão prejudicial quanto ao exemplo anterior: com uma caçamba lotada e a sujeira caindo por todo lado com animais se alimentando, bem ao lado de uma área de lazer do bairro.

Terreno em frente ao posto de saúde da Beira Linha conta com uma montanha de lixo e entulho abandonados que só aumenta
Terreno em frente ao posto de saúde da Beira Linha conta com uma montanha de lixo e entulho abandonados que só aumenta

Beira Rio

Na Rua Beira Rio o lixo despejado no local sem sequer ser embalado se acumula a ponto de formar um monte de sujeira com todo tipo de material. Embalagens plásticas de copos e garrafas, embalagens de papelão, vidros, entulhos de obra, colchões e até sofá são abandonados e a falta de recolhimento cria um monumento ao descaso. O pior é que tudo isso fica bem em frente ao posto de saúde da Beira Linha. Não há sequer um espaço delimitado ou latões para que o material pudesse ficar acomodado até a retirada. Em outro trecho, em uma ponte de acesso à comunidade, o lixo é uma barreira para a passagem das pessoas que só aumenta pelo sumiço do serviço de coleta.
No Morro Tiro, a Rua Armando Vieira é um dos exemplos que causam maior indignação. A situação das calçadas pode ser comparada com um lixão, onde as caçambas e latões há muito tempo não dão conta da quantidade de despejo que se acumula em porta de casas e encostas de barrancos.


Fonte: Netdiario/Marcus Wagner

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