quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Incêndio na Serra dos Cavalos assusta moradores em Teresópolis


Corpo de Bombeiros foi chamado para combater o fogo que tomou conta da mata. (Foto: Divulgação)
Corpo de Bombeiros foi chamado para combater o fogo que tomou conta da mata. (Foto: Divulgação)
Por volta das 14 horas de domingo, os bombeiros foram para acionados para a Rua Otavio de Freitas, que fica entre as localidades do Perpétuo e o Pimentel, no Morro da Caixa D’água, para combater um incêndio na Serra dos Cavalos. O tempo quente e seco ajudou na propagação do fogo que atingiu a vegetação de uma extensa área que fica sobre as comunidades, porém dessa vez a ocorrência não causou grandes estragos.
Foram mobilizadas duas viaturas ao local, e os combatentes subiram com abafadores para evitar que o fogo atingisse a parte alta onde foram instaladas mangueiras de borracha que captam a água de nascentes da montanha e abastecem as casas. Os moradores estavam com medo também que bichos fugissem do incêndio e assim pudessem invadir o quintal e as casas, como cobras, ratos ou aranhas.
Por ser uma área íngreme, as viaturas não puderam se aproximar do local exato do problema, mesmo assim os combatentes realizaram um esforço que foi bem sucedido e conseguiu controlar o problema.
Nossa reportagem acompanhou o trabalho dos agentes para conter os pequenos focos que ainda existiam para evitar que o incêndio pudesse recomeçar em outros trechos e causar problemas mais sérios.
Não foi possível apontar qual foi a causa do incêndio, mas suspeita-se que possa ter ligação com a prática que alguns moradores tem de colocar fogo em lixo nas proximidades da vegetação.
Após o susto e algumas mangueiras destruídas, ficou apenas a marca da vegetação queimada em meio ao verde que ainda predomina na Serra dos Cavalos.
Casos semelhantes no mesmo local
Combatentes tentaram salvar as mangueiras de abastecimento de água da comunidade. (Foto: Divulgação)
Combatentes tentaram salvar as mangueiras de abastecimento de água da comunidade. (Foto: Divulgação)
Em setembro de 2011, o tempo seco provocou um grande incêndio na mesma área da Serra dos Cavalos, abrangendo as comunidades do Pimentel, do Perpétuo e do Rosário. Labaredas gigantes consumiram a vegetação seca e assustaram a população. As chamas atingiram uma área muito extensa e de acesso muito difícil. Como não era possível a aproximação de veículo de emergência, combatentes tiveram que se arriscar para tentar impedir que o fogo se alastrasse para áreas ocupadas por moradores.
Na comunidade do Pimentel, moradores ficaram muito preocupados com o avanço do incêndio tão perto das residências e a maioria culpava pessoas que teriam sido responsáveis por uma queimada irregular de lixo em outro ponto da montanha.
Outro grande incêndio ocorrido no local foi em 26 de agosto de 2007, quando toda a vegetação da Serra dos Cavalos foi consumida e os poços que forneciam água para as comunidades secaram. A prefeitura teve que dar auxílio com o envio de caminhões pipas para garantir o abastecimento.
O incêndio foi considerado como o pior da história no local. O fogo começou entre Pimentel e Perpétuo e tomou toda a montanha. Primeiro, as labaredas avançaram em direção ao Jardim Meudom. À noite e durante a madrugada, o fogo seguiu para o lado do Barroso, Caxangá e Quarenta Casas, além de passar para a floresta ao lado da estrada Rio-Bahia. Os bombeiros consideraram que tratou-se de um ato criminoso.
Fogo no lixo ainda é problema para as autoridades
Pouca gente sabe, mas a antiga prática de colocar fogo no lixo que sobra das podas e limpezas de jardim é um crime ambiental. Não são raros os flagrantes de pessoas desavisadas ou crentes na impunidade que insistem em colocar fogo nos seus detritos domésticos. A pena para quem é flagrado ateando fogo em lixo ou fazendo limpeza de terrenos com queimadas é de multa, além de prisão de seis meses a dois anos. Nos últimos dias, o plantão de O DIÁRIO flagrou duas situações gritantes. Uma no bairro do Meudon, na zona urbana, e outra na Fazenda Suíça, no 2º Distrito de Teresópolis.
As ações de fiscalização contra esse tipo de atividade estão a cargo da Secretaria de Meio Ambiente e de Defesa Civil de Teresópolis. Segundo o subsecretário André de Mello, responsável pela área ambiental, existe uma fiscalização de rotina feita pelos funcionários públicos. “A gente tem uma vistoria, uma fiscalização, que é preventiva. O carro passa na cidade e no interior. Temos também pessoas em pontos estratégicos que informam pra gente sempre que observam situações irregulares”, explica.
Denúncias de casos em que haja queima de lixo ou do uso do fogo para limpeza de terrenos deve ser encaminhada para a própria Secretaria, através do telefone (21) 2742-7763. “Também pode ligar para a Defesa Civil, que acionará imediatamente o fiscal plantonista. Se não for caso flagrante, pode enviar a denúncia através da nossa Ouvidoria”, convoca. O telefone da Ouvidoria da Prefeitura é o (21) 2742-8761.
Fonte: O Diário de Teresópolis

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