quinta-feira, 30 de maio de 2013

Médicos da UPA e secretário de Saúde não falam a mesma língua em Teresópolis


Segundo notícia publicada no site do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), médicos que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teresópolis (foto) e a Secretaria Municipal de Saúde não vem falando a mesma língua.  
Os médicos da UPA de Teresópolis teriam se reunido com o secretário municipal de Saúde, Carlos Otávio Sant’Anna, no último dia 23, quinta-feira. Antes, no dia 16 de maio, os médicos enviaram um ofício à Secretaria Municipal de Saúde da cidade, listando as principais necessidades. A partir daí foi marcada a reunião entre o secretário e a subsecretária de Saúde, Claudia Miguel, com mais de 20 médicos, entre eles, o conselheiro do CREMERJ Nelson Nahon; o coordenador da seccional de Teresópolis, Paulo Barros; e a diretora técnica da UPA, Julia da Rocha Mendes.
"As reivindicações que constavam no ofício eram: contratação por vínculo empregatício seguro; execução e deliberação para pagamento salarial no 5º dia útil, sem ultrapassar o dia 10; definição do serviço de ortopedia referendado para atendimento especializado; contratação do 3º pediatra para o plantão diurno; revisão de equipamentos; e admissão de médicos de rotina para as Salas Vermelha, Amarela, pediatria e posto de medicação", relatou o site do CREMERJ.
Porém o secretário disse que não irá atender a maior parte destes pedidos. A contratação será feita por Pessoa Jurídica (PJ); o pagamento será efetuado entre os dias 20 e 25 e sem garantia; o serviço de ortopedia será retirado para ser acertada uma contra-referência com hospitais da região; não será contratado o 3º pediatra e só haverá admissão de médico de rotina para as Salas Vermelha e Amarela.
Nelson Nahon disse no site do CREMERJ:“Tivemos uma reunião importante que contou com a presença de grande parte dos médicos da UPA. Eles estão preocupados com a postura que a Secretaria Municipal de Saúde vem adotando. Tirar os ortopedistas e exigir que os clínicos façam um primeiro atendimento em ortopedia é um retrocesso no atendimento à população. Além disso, propor que a OS contrate os médicos por PJ vai gerar insegurança aos colegas. O CREMERJ vai continuar acompanhando essa situação”.
A situação só demonstra a questão da instabilidade dos profissionais que atuam no hoje principal ponto de atendimento de emergência do município. Embora algumas das reivindicações sejam direcionadas a questões profissionais e salariais dos médicos, outras questões podem afetar diretamente o atendimento à população, que já sofre com a situação atual.

Fonte : Mauricio Aragão

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