quarta-feira, 24 de outubro de 2012



Seis feridos em acidente ainda estão


 internados em Teresópolis, RJ


Outros seis pacientes tiveram alta durante a noite de terça-feira (22).
Ernestina Santos, 62 anos, não resistiu e o número de mortos subiu para 15.


Mapa da região do acidente com ônibus na Rio-Teresópolis (BR-116) (Foto: Editoria de Arte / G1)Mapa da região do acidente com ônibus na
Rio-Teresópolis (BR-116) (Foto: Editoria de Arte / G1)
Seis pessoas que ficaram feridas no acidente envolvendo um ônibus nesta segunda-feira (22) na BR-116, em Guapimirim, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, continuam internadas no Hospital das Clínicas de Teresópolis, RJ. De acordo com o último boletim médico divulgado às 11h06min desta quarta-feira pelo HCT, outras seis pessoas tiveram alta até o fim da noite de terça-feira. Ernestina Santos, de 62 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta quarta-feira, aumentando o número de mortos do acidente para 15.
Elias de Souza ainda está com a sua esposa, Cláudia Maria de Souza, de 41 anos, internada no HCT. Ele contou ao G1 que sua esposa foi visitar parentes com a filha emItaperuna e estava regressando ao Rio de Janeiro. Por sorte, a filha do casal voltou uma semana antes.
“Ela não costuma fazer essa viagem. Ela estava de férias e foi visitar parentes. Minha filha voltou uma semana antes e minha esposa ficou. Ela fraturou três vértebras, mas está lucida”, disse Elias.
Passageiros sem cinto de segurança
Passageiros que estavam no ônibus da viação 1001, acidentado na Rodovia Rio-Teresópolis (BR116) nesta segunda-feira (22), não usavam o cinto de segurança durante a viagem. O policial militar Anésio de Freitas Júnior, que estava no veículo e não se feriu com gravidade, disse que algumas pessoas procuravam os cintos no momento em que o ônibus desceu uma ribanceira. "Tinha gente sem cinto, procurando. Logo depois o ônibus estava caindo", disse. As informações são do RJTV. 
O motorista de ônibus Antônio Abreu afirmou que muitos passageiros retiram o cinto depois de ouvirem as instruções. "A gente vai lá, faz a apresentação, pede para eles usarem direitinho. Mas aí você vira as costas...", contou.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, o impacto de um passageiro em cima de outro em um acidente pode chegar a 1 tonelada. Segundo pesquisas internacionais, 70% das mortes no trânsito poderiam ser evitadas com o uso do cinto. 
Segundo a ANTT, o ônibus da 1001 havia sido vistoriado minutos antes da viagem e tinha cintos de segurança. Cabe a agentes de trânsito fiscalizar se passageiros de ônibus estão usando o equipamento. 
Resgate
Acidente com ônibus na Rio-Teresópolis (Foto: Reprodução Globo News)Acidente com ônibus na Rio-Teresópolis
(Foto: Reprodução Globo News)
Técnicos precisaram entrar na mata para afixar cabos de aço ao veículo. Para a remoção do veículo, foi usada a força de três guinchos grandes. Ele foi deslocado lentamente, depois que as árvores que impediam sua movimentação foram serradas. O veículo ficou completamente destruído.
Durante toda a madrugada desta terça-feira (23), técnicos trabalharam na Rio-Teresópolis, para retirar o ônibus da ribanceira. A operação cuidadosa contou com cerca de 40 homens. O trabalho começou depois da remoção do último corpo, o do motorista. A rodovia Rio-Teresópolis permaneceu com meia pista interditada até o fim da ação.
Os técnicos precisaram reposicionar os guinchos varias vezes. Foram mais de 40 minutos de tentativas até que o ônibus voltou a ser puxado até a pista. A frente do ônibus desapareceu entre ferro retorcido e fiação. Depois de vinte minutos de interdição total da rodovia, a meia pista voltou a ser liberada.
Funcionários da empresa 1001 recolheram as bagagens e envolveram o ônibus com plástico. Os técnicos não conseguiam arrastar o ônibus porque as rodas traseiras estavam travadas. O problema só foi resolvido perto das quatro da manhã. Rodovia só foi liberada quando os agentes limparam totalmente a pista.
Falha no freio
Peritos de Polícia Civil investigam se o ônibus, que caiu em uma ribanceira, teria perdido o freio antes do acidente. A falha técnica também é uma das hipóteses da causa do acidente, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A outra possibilidade é a de o motorista, que também morreu, ter passado mal.
A linha de investigação da PRF é baseada em relatos de testemunhas, que viram o ônibus, da empresa Auto Viação 1001, descer a serra na contramão, com o alerta ligado.
Um ônibus tombou na rodovia Rio-Teresópolis, na altura do km 100, em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira (22). Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 11 pessoas morreram, entre elas o motorista. (Foto: Domingos Peixoto / Agência o Globo)Peritos registraram velocidade acima da permitida (Foto: Domingos Peixoto / Agência o Globo)
Segundo peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, o tacógrafo, que registra a velocidade do ônibus, marcava 80 km/h. A velocidade máxima permitida é de 60 km/h. A polícia também afirmou que não há marcas de freio.
O ônibus passará por uma perícia mais aprofundada. O caso foi registrado na 67ª DP (Guapimirim).
Confira a lista divulgada com os nomes dos 13 mortos identificados:
Charles Estelitta André
Edes Moraes da Silva
Eduardo Fernandes
Guiomar Pereira da Silva
Ilma da Silva Florido
José Neves Mota
José Severino da Silva
Jussara Nelon Magacho
Lúcia Florido Turques da Silva
Márcio Luis Ramos
Maria Aparecida Mota Neves
Osvaldo Wilson Dias da Costa
Zenalda Pereira Frades

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