Moradores sofrem com calor excessivo, falta de água e descaso das autoridades do Estado.
Mais um ano de sofrimento da população
da Baixada Fluminense, especialmente dos moradores de Magé, que ao
longos de décadas são vítimas do descaso das autoridades que administram
o Estado do Rio de Janeiro.
Mobilizados ao longo da semana,
população foi as ruas reivindicar o direito de ter o mínimo de atenção
das autoridades para restabelecer o fornecimento de água potável em suas
casas. O calor acima dos 40º sem uma gota de água nas torneiras agrava o
sofrimento dos moradores, que na noite de ontem 16/01, revoltados com a
falta de abastecimento, há mais de 1 mês, paralisaram a rodovia BR. 493
queimando pneus, paralisando as duas mãos da via. Acionado por
policiais da PRF, Corpo de Bombeiros foi impedido de intervir contra o
incêndio, já que moradores que impediram a ação até que representantes
da CEDAE comparecessem ao local para justificar a falta de
abastecimento.
Após 4 horas de negociação entre
policiais da PRF e população, sem chegar a um consenso, um grande
tumulto se estabeleceu. Policiais Rodoviário Federais, iniciaram a
retirada dos manifestantes, culminando em disparos de bombas de gás
lacrimogênio, spry de pimenta e agressões aos moradores, na tentativa de
dispersar a população que obstruía a via, causando engarrafamento com
reflexo até a Ponte Rio-Niterói.
O sofrimento dos mageenses, assim
como a maioria da população da baixada fluminense, perdura há anos, a
cada eleição, a promessa de solucionar o problema consta na pauta de
programas de governo e nunca tem fim.
A CEAE por sua vez alega que o calor
intenso, a falta de chuvas e até São Pedro, não colabora para o
equilíbrio do abastecimento. A falta de investimentos e o descaso com a
região, são argumentos que não convencem mais os fluminenses, que só são
ouvidos nas horas que se mobilizam com ações mais contundentes para ter
seus direitos reconhecidos.
Segundo moradores de uma das inúmeras
comunidades que margeiam a rodovia, não há mais disposição dos moradores
para esperar por resultados e promessas, ‘vamos fechar a rodovia sempre
que nossos direitos forem transgredidos, não aguentamos mais tanto
descaso, todo ano no verão é assim, fechamos as vias e a CEDAE
restabelece o fornecimento. A conta chega todo mês e a água não, como
podemos pagar por um serviço que não consumimos? Até quando seremos
vítimas do abandono e do descaso das autoridades? Declarou uma das
líderes comunitárias da Barbuda.
Após todo tumulto, a CEDAE iniciou o
fornecimento de pipas de águas as comunidades sem declarar que
iniciativas tomaria para solucionar definitivamente o problema que
castiga a população dos mageenses.
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