Apesar de ter vivido uma gravidez perfeitamente saudável, a norte-americana Rachel Melancon teve o pior parto que poderia imaginar. Ao usar um fórceps (instrumento cirúrgico para retirar o bebê do útero) no parto de sua filha Olivia Marie, o obstetra acabou quebrando sua coluna vertebral e seu crânio, o que lhe causou grave dano cerebral. A menina, que nasceu no último dia 28, sobreviveu por cinco dias, mas acabou falecendo. Agora, os pais querem processar o Medical Center of Southeast Texas.
Eles também lançaram uma campanha no Facebook contra o uso de fórceps em partos. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, os pais ouviram um barulho como o de cerâmica quebrando quando o instrumento foi posicionado.
Depois que Rachel entrou em trabalho de parto, os batimentos cardíacos da criança ficaram muito acelerados. “Ela ficou 18 horas em trabalho de parto, com 39 graus de febre, quando o obstetra chegou e pediu para ela começar a empurrar. Mas ela estava tão cansada e o bebê não estava nem no canal de parto ainda”, disse o pai da menina, Allen Coats, de 24 anos.
O obstetra precisou virar Olivia, pois ela está com o rosto voltado para baixo. Ele tentou fazer isso com as mãos. “Quando não conseguiu, ele pegou o pequeno fórceps para tentar puxar a bebê para fora. Ele continuou forçando e chegou a colocar seu pé na cama enquanto tentava puxar” disse Rachel ao jornal. “Quando ele encostou em seu crânio, ouvimos um barulho como o de cerâmica quebrando”.
Nesse momento, a mãe foi para a emergência hospitalar fazer uma cesárea. Ao nascer, Olivia não conseguiu respirar e foi levada para outro hospital. Ela sobreviveu por cinco dias com ajuda de aparelhos. Os pais ainda doaram sua válvula cardíaca e tecido dos joelhos para outros recém-nascidos.
O chefe executivo do hospital divulgou um pronunciamento dizendo que a morte de Olivia “despedaçou corações”. Ele acrescentou que o hospital não poderia comentar casos específicos, mas confirmou que uma revisão será realizada.
No Facebook, o casal criou a página Olivia Marie Coats para compartilhar a história e estimular o fim do uso do fórceps. "Nós não estamos dizendo que, por causa de um evento trágico, o fórceps deva ser banido. Estamos dizendo que SABEMOS do risco e a parte ruim supera a boa. Já é 2014 e usar o fórceps é uma violência".