Rodovia do abandono BR 493,Magé-Manilha, é mais uma demostração de desrespeito com a nossa cidade.
A saga continua
A Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) informou nesta quarta-feira, através de nota, que o nó
no trânsito no Trevo de Manilha, em Itaboraí, na tarde e noite de
sexta-feira foi causado “por problemas ocorridos na BR-493”, a rodovia
federal que liga Magé a Manilha e que é uma extensão do Arco
Metropolitano do Rio. O caos deixou milhares de motoristas presos em
engarrafamentos que se estenderam pelas rodovias BR-101
(Niterói-Manilha), BR-493 (Magé-Manilha) e RJ-104 (São Gonçalo-Manilha).
Os veículos ficaram retidos em média cinco horas para cruzar o Trevo de
Manilha, para onde convergem os carros procedentes das três rodovias.
Os motoristas ficaram revoltados com a
falta de plano de contingência na hora do caos. Como não foram
informados do problema, ficaram retidos por horas nas rodovias, onde não
havia nenhum policiamento. Os ônibus e veículos que saíram do Rio às
16h só chegaram à Região dos Lagos no fim da noite. Muitos veículos
enguiçaram por causa de superaquecimento.
– Está impossível ir para a Região dos
Lagos por causa do Trevo de Manilha. Houve um desleixo total na
sexta-feira. Saí do Rio às 17h30m e às 21h10m ainda não tinha cruzado o
Trevo de Manilha por causa da confusão no trânsito em um único local.
Não havia policiamento. Se houve um plano de contingência e um alerta na
saída da ponte e milhares de pessoas teríamos procurado outro acesso.
Havia carros enguiçados, sem socorro e sem ninguém orientando o trânsito
– criticou o presidente da Cedae, Wagner Victer, que mora em São Pedro
da Aldeia, na Região dos Lagos.
Ainda segundo a nota da ANTT, que é
responsável pela fiscalização das rodovias federais concedidas, como a
Ponte Rio-Niterói (CCR) e BR-101 (Autopista Fluminense), os problemas
ocorridos na BR-493 refletiram na BR-101. A ANTT não explica quais foram
os problemas na rodovia sobre a responsabilidade do Denit e garante que
a Autopista Fluminense “acionou imediatamente seu plano de contingência
com o objetivo de melhorar a fluidez e garantir a segurança dos
usuários”.
A ANTT acrescenta que “para que os
usuários da BR-101 fossem informados sobre o ocorrido na BR-493 seria
necessário um monitoramento da referida rodovia pelo órgão responsável”
(Denit). Ainda segundo a nota, a ANTT já autorizou a elaboração de
estudos específicos na BR-101 para ampliar a fluidez do tráfego na
rodovia.
O secretário de Desenvolvimento de Cabo Frio, Valdemir Mendes, prevê como será o verão no principal acesso à Região dos Lagos:
– É preciso que a União e o governo do
estado atentem para a gravidade do problema no Trevo de Manilha. As
pessoas estão deixando de viajar para a principal região turística do
estado por causa de problemas nas rodovias, mas especificamente na
BR-101. Não existe plano de contingência, policiamento, nada. Os
usuários, famílias, ficam retidos na escuridão em meio a áreas
perigosas. Virou uma triste rotina – lamentou o secretário de
Desenvolvimento de Cabo Frio, Valdemir Mendes.
A novela continua
O Arco Rodoviário do Rio, por exemplo, que no PAC 1 tinha previsão de conclusão em 2010, ainda no governo Lula, só deverá ser entregue em 2016,
com a construção do trecho de Manilha a Santa Guilhermina. O Trem de
Alta Velocidade (TAV), que figura nos balanços do PAC desde o governo
Lula, não saiu do papel e agora tem previsão de contratação do projeto
básico só para o fim deste ano. Como o ano é eleitoral, é necessário que
promessas sejam refeitas, em mais uma tentativa de ludibriar o
cidadão. No final do ano passado o governo anunciou o início das obras de duplicação da BR 493, para primeira quinzena de janeiro de 2014, agora para 2016.
Acorda Brasil! Sem voz em Brasília, Magé ficará sempre fora do mapa
como unidade federativa da União. Sem Saneamento Básico,
Infraestrutura, Transporte precário e rodovia com pedágios de alto
custo cercando a cidade, é o verdadeiro retrato do massacre e falência
do município. Relembrando que este é ano eleitoral, seu voto é a arma
contra os absurdos que imperam contra Magé, sua omissão na urnas em
outubro, o último capítulo da saga dos 449 de história de derrotas.
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