Agentes do Departamento de Homicídios, Corpo de Bombeiros e PM estão no terreno próximo ao Aeroporto de Confins (BH) onde a amante do goleiro Bruno estaria enterrada
Belo Horizonte - Sob uma forte chuva que cai na manhã desta sexta-feira, em Belo Horizonte, a polícia local recomeçou as buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio. Agentes do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), com apoio do Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (MG), começaram a operação por volta das 10h30, no bairro Santa Clara, em Vespasiano, Região Metropolitana de BH. Jorge Luiz Rosa Sales, primo do goleiro Bruno e que relatou onde a modelo estaria enterrada, também está no local ao lado de seu advogado, Nélio Andrade e de todos os delegados que participaram do caso.
Para a realização das buscas, os policiais fecharam a Rua Aranhas e o trabalho acontece ao lado do número 870. Sob a orientação de Jorge, eles utilizam retroescavadeiras, enxadas e pás. Já foram encontrados dois objetos que seriam uma luva de construção e um sapato. Moradores da região afirmaram que o terreno, próximo da residência de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, sempre esteve abandonado. No entanto, afirmaram que não viram algum movimento estranho no período em que o corpo de Eliza Samudio teria sido enterrado no local.
Jorge viajou na quinta-feira para a capital mineira, escoltado em viaturas descaracterizadas do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio (Bope). Seu advogado pediu apoio à corporação, porque Jorge diz temer ser morto. O primo de Bruno levou o defensor ao terreno onde o corpo estaria enterrado antes de se apresentar à polícia mineira.
“As informações que ele deu são cabíveis de verificação. Mas isso não muda em nada a situação de quem já foi julgado e condenado”, afirmou o delegado Wagner Pinto, referindo-se aos três condenados pela morte da modelo: Bruno, acusado de ser o mandante do crime; o ex-amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pela execução e ocultação do corpo de Eliza.
Nélio Andrade contou que Jorge resolveu falar o que sabia porque entrou para igreja evangélica. “O arrependimento e o apoio de um tio fizeram ele falar. De 0 a 10, ele tem certeza absoluta do que contou. Tenho um nome a zelar, se não acreditasse nele, eu não faria nada”, afirmou o advogado, acrescentando que o rapaz — que cumpriu medida socioeducativa pelo crime quando era menor — não vai entrar em programa de proteção à testemunha.
O terreno fica a cerca de 13 quilômetros de Vespasiano, cidade onde Bola morava e, de acordo com o Ministério Público, local da morte. Jorge afirmou que a vítima não foi esquartejada, como contou anteriormente. “A mão dela foi cortada ainda em vida e decepada com uma faca de açougueiro, depois de morta. O corpo foi enrolado em um lençol e lacrado em um saco preto”, garantiu.
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