O motivo, segundo a categoria, é o atraso no pagamento dos salários.
Apenas casos graves estão sendo atendidos na unidade.
Na ultima quinta-feira (24), os pacientes que procuravam atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teresópolis, Região Serrana do Rio, mais uma vez, foram surpreendidos pela paralisação dos médicos. O motivo, segundo a categoria, é o atraso no pagamento dos salários. Um cartaz na entrada da unidade de saúde informa que apenas os casos graves, com risco de morte, serão atendidos após uma triagem feita pela equipe de enfermagem.
De acordo com Paulo Barros, representante do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), em Teresópolis, a paralisação é legítima e aconteceu por uma série de problemas que “se arrastam há algum tempo”. Ainda de acordo com o representante, a instituição já fez várias visitas à UPA, a pedido do Ministério Público, mas nada mudou. Além dos salários atrasados, a categoria denuncia problemas com equipamentos de trabalho, falta de medicamentos e de vínculos trabalhistas.
“A nossa orientação foi de que todos os profissionais ficassem dentro da UPA e não omitissem atendimento. Por isso, os casos considerados graves estão sendo recebidos pelos profissionais”, explicou Paulo Barros, lembrando que a ideia é abrir um canal de comunicação com o governo municipal para solucionar os problema.Outro ponto ressaltado pelo Cremerj é que o município não possui nenhum hospital aberto para emergências e que, com isso, o local fica sobrecarregado com atendimentos graves e de rotina. Alguns pacientes chegam a ficar mais de 72 horas internados no local.
Ainda segundo Paulo Barros, um grupo de médicos iria até a prefeitura, nesta quinta-feira, para tentar marcar uma reunião com o prefeito Arlei Rosa. O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Teresópolis para saber quando os problemas apontados pelos profissionais serão solucionados. Em nota, o município informou que assumiu a gestão da UPA no dia 8 de maio.
“Após assumir a unidade, o Município contratou emergencialmente, pelo prazo de 90 dias, um consórcio formado por três empresas de notória especialização nas áreas de insumos, medicamentos e mão de obra para administrar as unidades de pronto atendimento de Teresópolis. Depois de firmado o termo de compromisso de constituição, o consórcio, cumprindo a legislação em vigor, promoveu o seu registro junto à Receita Federal e à Junta Comercial. Desse consórcio participa uma cooperativa responsável pela contratação dos profissionais médicos”, disse trecho da nota.
A prefeitura informou ainda que está em dia com o repasse de recursos para o pagamento dos salários dos profissionais da UPA 24 Horas. "O que houve neste primeiro mês de atuação do consórcio foi que, por inconsistência de dados, alguns profissionais médicos tiveram os salários liberados com três dias de atraso em relação aos demais funcionários e decidiram restringir o atendimento aos pacientes na unidade.”
O município também disse que está realizando um estudo técnico para avaliar a melhor forma de gestão da UPA após o prazo de 90 dias de contratação emergencial do consórcio que atualmente administra a unidade. Apesar disso, o executivo não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre falta de equipamentos e de medicamentos.
Fonte:g1
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