TERESÓPOLIS — Os números relacionados ao Parque Nacional da Serra dos
Órgãos (Parnaso) impressionam. É o único do Brasil a abrigar mais de
2.800 espécies de plantas catalogadas, 462 espécies de aves, 105 de
mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais
ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas (que só ocorrem no
local). Porém, prestes a completar 75 anos ( a comemoração será no dia
30 de novembro), o espaço ainda é um ilustre desconhecido, mesmo para
quem mora nos arredores. Por este motivo, a Secretaria de Cultura de
Teresópolis dá início às comemorações com uma exposição na Casa da
Memória Arthur Dalmasso, para mostrar um pouco da história do parque.
— Nosso maior objetivo é contar a história de Teresópolis. E o
Parnaso tem um papel importante nesse contexto. Acredito que também
possamos colaborar com a conscientização ecológica, principalmente por
parte das crianças — afirma Regina Rebello, chefe do patrimônio
histórico da Secretaria de Cultura.
Na
mostra, painéis ilustrados narram o decorrer dos anos, mostrando a
beleza da flora e da fauna do parque. Além disso, fotografias e
documentos cumprem a função de apresentar o espaço, cuja área se espalha
pelos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim.
Considerado o parque com a maior rede de trilhas do Brasil, o Parnaso
tem 130 quilômetros de atrativos de diversos graus de dificuldade.
O clima já é de festa entre os organizadores:
— Já tivemos a primeira reunião para planejar as ações comemorativas.
Queremos destacar os avanços dos últimos 25 anos e o que pretendemos
para quando o parque completar 100 anos. Uma boa notícia é que, este
ano, já superamos o recorde de visitação. Apenas no primeiro semestre
estiveram aqui 130 mil pessoas, número total do ano passado — analisa
Leandro Goulart, chefe do Parnaso.
Umas das atrações que mais agradam é a trilha suspensa,com 1,3 km de extensão e 9 metros de elevação.
— Ela foi construída em 2002, e em 2010 inauguramos o seu último
trecho. É um caminho entre as copas das árvores, com os sons dos
pássaros e outros animais — diz Fábio Viana, coordenador de operações do
parque.
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