Se a Câmara de Vereadores não faz o dever de casa a promotoria fará
De nada
adiantou os vereadores de Itaboraí for- marem uma barreira de proteção ao
prefeito Helil Car- dozo (PMDB), fechando os olhos para as denúncias de
irregularidades envolvendo o gasto do dinheiro público, o que estaria causando
sérios danos aos cofres da muni- cipalidade, com o dinheiro do contribuinte
escoando fá- cil pelos ralos da irresponsabilidade. O elizeupires.com foi
informado de que, a exemplo do que ocorre desde fevereiro na cidade de Mossoró,
no Rio Grande do Norte, a atuação do Instituto Nacional de Assistência à Saúde
e à Educação (Inase) - que já recebeu mais de R$ 100 milhões para “administrar”
o Hospital Municipal De- sembargador Leal Júnior - no município de Itaboraí,
será alvo de um procedimento investigatório, que poderá resultar numa ação
civil pública contra Helil e o ex-pre- feito Sergio Soares, responsável pela
contratação do ins- tituto, mesmo sem a comprovação da competência técnica.A contratação do Inase tem sido alvo de várias denúncias, mas
os membros da Câmara Municipal vem ignorando todas, optando por fecharem os
olhos e ouvidos, virando as costas para a população que os elegeu. “Essa Câmara
nunca serviu para nada e não vai ser agora que vai prestar para alguma. Temos
lá 15 `come-e-dorme´ voltados apenas para os próprios interesses, mas quem tem
um Ministério Público atuante não depende dessa raça para nada”, disparou o
funcionário público estadual Juscelino dos Santos Braga, revoltado com o que
vem acontecendo no município.Conforme o elizeupires.com já noticiou, o Inase
está sendo alvo de uma ação civil pública na comarca de Mossoró, onde foi
contratado pelo governo do estado do Rio Grande do Norte para administrar
Hospital Estadual Parteira Maria Correia, por R$ 28.592.078,21. A ação foi
proposta pelos promotores de Justiça Paulo Batista Lopes Neto, Afonso de
Ligório Bezerra Júnior, Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida, Flávio Sérgio de
Souza Pontes Filho e Giovanni Rosado Diógenes Paiva. Segundo eles, o Inase, que
se apresenta como Organização Social, “é uma empresa de fato, cujos sócios se
reúnem às vésperas e modificam o seu ato constitutivo com o fim de viabilizarem
interesses mercantis”.Durante toda a semana passada o elizeupires.com tentou
saber da Câmara Municipal se os membros da Casa vão fazer alguma coisa para
esclarecer os pontos obscuros da contratação do Inase e o fato de o prefeito
Helil Cardozo ter dobrado o faturamento do instituto, mas não obteve nenhuma
resposta, ficando claro que os vereadores não estão mesmo interessados em
levarem a efeito o dever de fiscalizar os atos do prefeito, defendido no
Legislativo por uma tropa de choque comandada pelos vereadores Deoclécio
Machado e Lucas Borges.
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