Sem solução do governo, moradores da Comunidade do Rosário continuam em suas casas interditadas
Dois anos depois da tragédia que castigou a Região Serrana, a comunidade do Rosário, em Teresópolis, continua vivendo em suas casas interditadas. Os riscos estão por toda parte, e mesmo a estiagem não é garantia de segurança. As casas estão cercadas por montanhas e próximas a um córrego, e é comum rolarem grandes pedras
Dois anos depois da tragédia que castigou a Região Serrana, a comunidade do Rosário, em Teresópolis, continua vivendo em suas casas interditadas. Os riscos estão por toda parte, e mesmo a estiagem não é garantia de segurança. As casas estão cercadas por montanhas e próximas a um córrego, e é comum rolarem grandes pedras
Segundo o presidente da
associação de moradores, Valdeci Paim Alves, o número de imóveis interditados
chega a três mil, sendo que apenas cerca de cem famílias foram beneficiadas
pelo aluguel social, do governo do estado.
— Muitas deixaram suas
casas e foram viver com parentes ou alugaram um imóvel por conta própria em
outro lugar. Mas cerca de 150 famílias que não têm para onde ir continuam aqui
na área de risco — diz.
Esse é o caso da dona de
casa Deise Lúcia dos Santos, que mora com o marido e os seis filhos na casa
interditada desde 2011. Ela diz que esteve na prefeitura, onde foi informada de
que já estaria sendo beneficiada pelo aluguel social desde maio de 2012, apesar
de não ter recebido um centavo sequer.
— Não tenho para onde ir e
nunca recebi dinheiro algum. Até o conselho tutelar já esteve na minha casa
ameaçando tirar os meus filhos — conta Deise.
Outra reclamação dos
moradores é que a prefeitura demoliu 12 casas há cerca de três meses e não
retirou o entulho gerado, que acabou se transformando em ninho para ratos,
baratas e animais peçonhentos.
A Secretaria Estadual de
Assistência Social e Direitos Humanos, responsável pelo aluguel social, informa
que 1.842 famílias já recebem o benefício em Teresópolis. Sobre o caso da
moradora Deise Lúcia dos Santos, o órgão afirma que ela foi incluída no
programa em maio de 2012, mas, até o mês passado, não havia informado uma conta
corrente onde o dinheiro pudesse ser depositado. Para que o pagamento seja
feito, ela precisa apresentar, na Secretaria municipal de Desenvolvimento
Social, um extrato de sua conta na Caixa Econômica Federal.
Sobre o entulho das casas
demolidas, a prefeitura explica que ele não foi removido para que funcione como
barreira, impedindo que as casas próximas sejam atingidas em caso de deslizamentos.
Além disso, segundo a prefeitura, o entulho impede que o local seja ocupado
novamente. De acordo com a avaliação do Departamento de Recursos Minerais, ele
não oferece risco.
Outros 22 imóveis estão
demarcados para demolição, que será feita assim que as famílias forem
integradas ao aluguel social.
Em Friburgo, Conjunto
Habitacional recém-inaugurado já tem problemas
Cinquenta famílias do
Conjunto Habitacional Parque das Flores, no Bairro Conselheiro Paulino, em Nova
Friburgo, enfrentam problemas desde que receberam suas casas do governo do
estado, no final do mês passado.
A maior queixa entre os
moradores é com relação à falta de iluminação, a vazamentos de água nas casas,
aos horários restritos dos ônibus e à parada distante.
A prefeitura afirma que 16
novos postes de luz já estão sendo instalados. Com relação aos vazamentos, a
concessionária Águas de Nova Friburgo acrescenta que está identificando os
pontos danificados e fazendo os reparos. E acrescenta que o problema foi
causado por obras de outras empresas que acabaram atingindo a tubulação.
A viação Faol esclarece que
os horários ainda não estão totalmente definidos, podendo haver alterações de
acordo com a necessidade dos moradores. Em relação à distância do ponto,
acrescentou que as obras precisam ser totalmente concluídas para que os ônibus
possam entrar e manobrar com segurança
Fonte:oglobo.globo.com/bairros
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