Juíza nega habeas corpus para motorista de ônibus da linha 328
Perícia vai atestar velocidade de veículo
O acidente com o coletivo, na tarde da última terça-feira, matou sete pessoas e feriu outras 10 quando o veículo despencou da via, na Avenida Brasil, altura da Ilha Governador.
Briga de egos selou destino de vítimas
No trajeto de cerca de 13 km percorrido na tarde de terça-feira pelo ônibus da linha 328 (Bananal-Castelo), o encontro de dois perfis explosivos sentenciou o destino de vários passageiros, sete dos quais levados à morte.
Valderez, mãe do motorista do 328, garante que André Luiz é responsável e jamais poria a vida alheia em risco | Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
De um lado, o estudante Rodrigo dos Santos Freire, 25 anos, denunciado por lesão corporal em duas outras ocasiões e acusado de ter ido embora de uma boate na Barra da Tijuca sem pagar; do outro, o motorista André Luiz da Silva Oliveira, 33, que, segundo relatos, preferiu discutir a dirigir e também tem passado violento.
Quem um dia presenciou a ira do estudante, acusado de dar chutes e fazer desmaiar o motorista, diz saber bem do que ele é capaz. “Quero mais que ele vá para a cadeia. Em 2010, quando eles (Rodrigo, as irmãs e a mãe) deixaram meu imóvel após tentarem me agredir, ele ainda depredou meu apartamento”, revela Ruth Nascimento Siqueira.
Na época, a dona de uma quitinete na Ilha do Governador registrou ocorrência por lesão corporal quando Rodrigo teria atirado vasos de planta em sua direção e tentado agredi-la. Na outra ocorrência, as agressões foram direcionadas ao cunhado, que desta vez prefere o silêncio: “Não tenho nada a declarar, não me procurem mais.” Os dois casos foram arquivados.
Rodrigo aparece feliz em aniversário de família | Foto: Reprodução da Internet
Os familiares de Rodrigo, que segue internado no Hospital Miguel Couto e não tem previsão de alta, também preferem o silêncio.
Ex-mulher denuncia
Vítima da agressividade de Rodrigo dentro do ônibus, André também tem histórico conturbado: Francilene Santos, 40, ex-esposa e mãe do filho caçula de André, o acusa de tê-la espancado diversas vezes durante os quatro anos em que foram casados.
“Acredito que minha filha tenha nascido prematura por conta das agressões. Fiz duas ocorrências contra ele, uma em 2011 e a outra há pouco mais de um mês, quando, após discussão, quebrou uma porta de vidro em cima de mim e da minha filha”, acusou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário